Para comemorar meus 40 anos, o Gaslight me deu a ajuda perfeita para uma viagem rápida até a mãe Bélgica…
Foi um “bate-volta” tenso e muito divertido. Saí daqui de Barcelona na quinta-feira às 6h da manhã e antes das 9h já estava em Bruxelas e com o carro na mão indo para o meu primeiro destino – Westvleteren. A famosa “melhor cerveja do mundo” é uma promessa que eu fiz para mim mesmo que, quando estivesse na Bélgica, eu visitaria ali. É um mix de sentimentos e sempre uma porrada maravilhosa de sabor. Foi a primeira vez que visitei a Westvleteren sozinho, mas mesmo assim é um dos locais que mais alegram meu coração. Na hora de pagar a conta, o primeiro sinal claro que eu tinha acertado nos meus planos: 27.30 exatos – Ou 27/3…
Deeeeuxxxx sempre nas suas ironias aleatórias…
Dali parti para a Sint Bernardus que fica menos de 10 minutos de carro da Westvleteren. O Bar Bernardus é um dos lugares mais bonitos para se tomar uma cerveja. Ele fica na cobertura da fábrica, do lado da plantação de lúpulo (que por ser inverno estava completamente vazia) e tem uma vista fantástica da região (sim, é no meio do completo nada)… Eu visitei a St Bernardus em 2023 e fiquei maravilhado com o cardápio dos caras. As comidas são excelentes e “ok” pelo preço. Foi a hora de comer bem para tentar acalmar o sangue no álcool que eu levava 🙂
Depois voltei tudo para Bruxelas porque ainda tinha o show do Gaslight. E antes que fale: PORRA POR QUÊ NÃO FEZ ISSO NO DIA SEGUINTE COM CALMA? A resposta é simples: A Westvleteren fecha toda sexta-feira. Ou seja, eu não teria outro dia para visitar a Westvleteren com uma “logística boa”. Não que a logística da quinta-feira tenha sido boa, mas foi o melhor que eu consegui…
O show eu já contei aqui… Fato inusitado 2: Antes do show eu pedi apenas Howl para DEEEUUUXXXXX – E eles voltaram a tocar depois de quase 10 dias fora do setlist da tour 🙂
Então, no dia seguinte eu parti para a minha primeira novidade do dia: Westmale. Outra abadia trapista que faz uma das melhores cervejas também… Você não pode visitar a abadia por dentro, mas ela te permite fazer um “trekking” em volta dela e o caminho é bem bonito e bacana. Vale o passeio… Sim, isso eram antes das 10h. 10h abria o bar da abadia e lá fui eu abrir o dia oficialmente… Pude experimentar a “Half Half” que eles fazem ali com a Triple + Dubel… Fantástico!
Ali também foi onde tive um dos melhores diálogos da viagem…
Entrei no bar exatamente às 10h10. Sentei no bonito salão e o garçon veio me atender. Pedi a Extra (que é a cerveja mais leve deles – 4.8%)
“Meio cedo para cerveja, não?”
“Ah… Não tem cerveja?”
“Claro que sim. Somos um bar…”
“E tem restrição de horário?”
“Não não… Tudo bem…” e saiu rindo
E depois sempre sorria para mim…
#MakingFriends
Fato inusitado 3: Chovia ABSURDAMENTE na sexta. 1km antes de eu chegar na Abadia parou de chover e até abriu o sol (as fotos não mentem). Quando eu saí da Westmale, três horas depois, e virei a primeira rua depois do bar, voltou a cair a tempestade 🙂 DEEEEEEUUUUXXXXX me permitindo caminhar em paz…
Deixei a Westmale para ir até a fantástica Bruges. Bruges é aquela cidade que você precisa conhecer. Eu a acho MUITO foda e nem é pelo fato de ser medieval, mas algo ali me puxa e me faz desacelerar e ter um olhar diferente cada vez que vou para ali. Foi a 5a vez que dormi em Bruges e sempre em um lugar diferente – o que me fez sempre ter caminhos diferentes para ir e voltar…
Bruges abriga “3 cervejarias”, mas decidi ir em 2. A primeira parada foi na Bourgogne des Flandres – para tomar sua cerveja característica e aproveitei para provar a sua nova invenção (a tradicional é melhor). Depois dali, dei uma passada muito rápida na “Duvelorium” para tomar uma Duvel “só pela vista”…
Depois rumei para a De Garre – A De Garre é um bar, mas que produz uma das melhores Triples que existem. É uma porrada de sabor e leveza, mas que tem 11% (e reza a lenda que os garçons são proibidos de vender mais do que 3 cervejas por cliente. Eu tomei 2 e uma lambica, juro que quase arrisquei para ver se é verdade mesmo…). Sim, na sexta-feira eu voltei cambaleando para o hotel e completamente feliz…
Sábado de manhã foi dia de fazer o caminho quase todo de volta, mas para a região mais para o sul de Bruxelas onde estão as cervejarias lambicas – meu novo vício de velho.
A visita do dia foi na Den Herberg que produz um monte de cerveja foda. O lugar é um bar (sem cozinha. só bar) e que abriga a cervejaria e eles também fazem shows (!!!!!!!!!!!). É daqueles lugares pequenos, mas que sempre cabe algo mais. Estava tendo uma festa familiar (daquelas reuniões de família grande, com fotos antigas passando no telão e tudo mais…) e eu lá. Tomando minha cerveja e sorrindo para as dezenas de faces me olhando com cara de esquisito) 😀 #MakingFriends2
Dali fui para minha última parada da viagem. A 3 Fonteinen – outra lambica bem famosa e com um bar que dispensa apresentações e cervejas (caras até), mas maravilhosas para brindar essa viagem rápida, mas completamente prazerosa.
Foram quase 700km rodados em 2 dias e meio. Muitas cervejas, um show do Gaslight e novos lugares para a conta da vida. Um jeito bem interessante e divertido de pré-comemorar minhas 4 décadas e fazendo o que eu mais curto na vida: Viajar, conhecer novos lugares, beber um monte de cerveja foda e ouvir as músicas que tanto me guiam…
Não. Não tem preço que eu considere caro para isso…