Samiam – Badalona 2024

Como eles cantam em “80 West” – I’ve been waiting for so long… E finalmente em 2024 eu consegui ver um show do Samiam…

Conheço “desde sempre” Samiam. E bizarramente nunca tinha visto ao vivo. A primeira oportunidade foi em 2002, que eles passaram por Santos, mas o show caiu numa quarta-feira e eu já morava em Campinas e tinha uma prova da faculdade no mesmo dia. Depois, acho que voltaram 2 vezes mais pro Brasil e por inúmeros problemas e momentos, nunca consegui cruzar o caminho com eles…

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Então, depois de 22 anos de espera – onde eles pararam e voltaram – eu consegui comprar o ingresso e ir ao show dos californianos que começaram a tocar na década de 80… Claramente mais velhos e “tranquilos” (tirando o batera), o show dos caras é coeso, na estica e potente com as versões que a galera espera dos caras.

Outra surpresa para mim foi ver que o local, Estraperlo, estava lotado de galera velha – com a média de idade para além dos 40 anos. O que também fez que a galera curtisse de maneira mais comedida e sem muitas loucuras. Pouca roda punk e mais pulos e gritos dos hinos que provavelmente foi trilha da adolescência de muitos ali quando os cabelos não sonhavam em ser brancos…

Foram 23 músicas no total – 19 na primeira parte e 4 no BIS. O CD novo marcou presença e força ao vivo – Crystallized é daquelas que beiram a perfeição e se faz hino absurdamente ao vivo. E até Lake Speed que abriu a noite, foi um bom combustível para o aquecimento. Mas claro que as músicas do Astray eram as mais berradas. She Found You, Dull e Sunshine foram daquelas catarses coletivas que a gente tanto precisa viver e saber que a vida fica melhor… 80 West, a música que abre esse texto, veio no meio do show e intacta na execução. Por vezes, parecia que Jason tinha gravado a voz – porque o tom era exatamente o que se escuta nos álbuns, um dos pontos mais característicos em todos esses anos do Samiam. Uma das vozes mais icónicas e conhecidas do HC melódico mundial…

O BIS veio com Clean, Slumbering, Bad Day e Full On. A galera sabia que o fim estava próximo e pode explodir pela última vez com moshes, pulos e perdendo os últimos pontos de voz que ainda existia na vida de cada um…

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Para mim, que demorei 22 anos para ver Samiam ao vivo, a satisfação foi absurda. Talvez a comparação seria inevitável entre 2002 e 2024, ver quem mudou mais e como (a gente) se adapta aos novos desafios da velhice. Mas de verdade não fez falta…

Como a história conta em Super Brava, o importante é aproveitar a viagem, sem expectativas e descuidos das amarras que a vida impõe em nosso caminho… “What would you decide when ignorance can be such bliss…”

PS. Em tempo, a noite também foi boa para conhecer Bullitt – banda daqui da Catalunha que faz um HC melódico BEM interessante e na pegada que você pode colocar para tocar no churrasco de família que será MUITO bem aceito…

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