2022 foi o ano que voltamos ao normal, mesmo esse normal sendo muito diferente do que a gente considerava normal em nossas vidas.
Foi o ano que muitos dizem que veio depois de 2020, porque 2021 foi tão confuso e tão obscuro que, por mais que tenha tido coisas boas e pontos de respiro, foi um ano que nem dá vontade de relembrar.
Mas já que ele existiu, 2021 foi um ano de fecha x abre, toque de recolher, restrições de horário e da vacina que trouxe um alívio em várias frentes. Já 2022 reafirmou esse alívio e relembramos como era a vida normal. Não que tenha sido fácil, mas chegou ao momento que hoje já não lembramos (ao menos em Barcelona por enquanto) como é não levar uma (ou duas) máscaras no bolso da jaqueta/casaco/bermuda ou até mesmo ter que chegar X hora no restaurante, com reserva, para comer em turnos. Por outro lado, 2022 foi um ano que nos mostrou que algumas mudanças poderiam ficar para sempre – como o lance de “capacidade máxima” nos locais. Juro que essa é uma das coisas que mais sinto falta da pandemia, porque tinha a certeza de ir em um lugar e ele não estar lotado (coisas que a idade trouxe nos últimos anos).
Mas falemos das coisas boas…
2022 voltaram os shows! Sabe aqueles que tinha comprado em 2020, foram remarcados para 2021 e depois de novo? Pois é! Brian Fallon, o Midas, abriu a lista desses reencontros em maio, seguido por Bad Religion + Millencolin, depois o Tsunami Festival em julho surgiu para me levar ao “extremo noroeste” da Espanha. E o mais que especial retorno do Gaslight Anthem em agosto. Depois, um reencontro bonito do Counting Crows em setembro e o sempre-especial The Cure fechando o circuito de shows de 2022 em novembro. Faltaram alguns, mas com certeza não tenho do que reclamar em nada. A única coisa que me entristece para 2023, é não ter visto nenhum anúncio de grande tours pela Zuropa. Mas ainda tenho fé que entre janeiro-fevereiro role alguma coisa para garantir essa parte sempre importante do ano…
2022 voltaram as viagens também e foi bom relembrar a sensação boa de sair da rotina, se perder em um novo lugar, reencontrar antigos locais, experimentar novos sabores e descobrir novas percepções de vida. De um final-de-semana rápido em Lisboa para ver o Mundial do Palmeiras com os amigos de sempre, de ir à Canárias no meu aniversário com a Dna Lúcia, descobrir outros pontos da Catalunia e da Espanha, reencontrar Bélgica, Berlin, Alicante e Londres para curtir a vida e, a melhor viagem de 2022, para Grécia e poder redefinir o conceito de mar azul na minha vida. 2022 em viagens foi excelente e, mesmo cansativo pela falta de uma logística boa (e definições no calor do álcool do momento), foi ESPETACULAR!
Falando em mar… LÓGICO que não dá para deixar de fora a melhor parada feita em 2022. A Anna inventou a ideia e eu abracei sem pensar muito… Fiz o curso de mergulho e tirei o “Open Water Diver” em L’Estartit – na Costa Brava (Empordá). Nem tenho o que dizer sobre a sensação de mergulhar e descobrir um mundo completamente novo, fascinante e ver a vida de outra perspectiva. É de se maravilhar em como a vida existe de diferentes formas e como a sua visão muda com apenas a certeza que você não conhece 5% do mundo… Como disse durante o curso: A melhor sensação é a paz que existe vendo um mundo completamente novo e gigante, cheio de vida e cores que antes existia apenas em fotos e na imaginação. Indescritível! Valeu Buddy! 🙂
Mas não apenas de viagens vive o ser humano, mas também as visitas de amigos também fizeram o ano valer a pena. Sempre especial receber amigos e passar bons momentos juntos – Coisas que a pandemia fez diminuir para quase nada durante 2020/2021.
De resto, curti a minha rotina e minha vida na sempre-sonhada-ainda-maravilhosa Barcelona. Com a minha “imbecilidade” em acordar às 5h20 e ir para o clube para ter o espetáculo do nascer do sol sempre companheiro. Depois de 2 anos posso dizer que Barcelona ainda pulsa e me impressiona como se fosse a primeira vez. Pude andar pelo bairro que agora já reconheço, fazer meus caminhos sem precisar do Waze, criar raízes pelos bares e festivais de comida por aqui e, pouco a pouco, ter meus amigos importantes por aqui. Pode parecer pouco ou insignificante, mas só eu sei o quanto agradeço por tudo isso diariamente.
Enfim, 2022 foi um ano que retornamos o que chamamos de normal e pude reativar antigos hábitos, rotinas e sensações esquecidas durante os últimos “2 anos”. Foi um ano confuso em vários aspectos também, mas que no balanço geral valeu a pena. Foi um ano de idas e vindas. De boas e más escolhas – mas que geram um aprendizado único e potente. Além de trazer ideias para manter o Um Confessionário vivo o suficiente para ser meu escape dos momentos mais tenebrosos e confusos!
MUITO OBRIGADO 2022 por ter existido e me proporcionado tantas emoções. Tenho certeza que essas memórias e ensinamentos ficarão para sempre em meu coração e nos meus passos daqui para frente. Com cada vez menos cabelos (e os que ficarem, mais brancos) vou seguindo feliz por ter aproveitado todas as oportunidades existentes.
Obrigado 2022! Que venha 2023!