Sem querer a vida quis que as datas estivessem quase juntas. Completo o meu “aniversário de Barcelona” no dia 28 de fevereiro, porém completo o meu aniversário de Zuropa todo dia 1 de março. Esse ano completei o “meu ciclo olímpico” de Zuropa (se bem que usar essa medida nunca mais será a mesma, visto que 2020 não tivemos as Olímpiadas – e talvez nem 2021…). Pensar nesses últimos quatro anos é fazer o exercício de relembrar, reviver, se assustar como as coisas passam rápido e também como tudo hoje é MUITO volátil e, talvez mais de 70% das pessoas que estiveram comigo nesses anos, já não “existam” mais.
Passar a limpo esses quatro anos é ver um progresso absurdo de vida profissional. É relembrar que eu tive um medo surreal em maio de 2017, para ganhar um prêmio de “Funcionário do Ano” em 2019 e mudar de emprego em 2020, no meio da pandemia.
Tive meus baixos (muito baixos) e altos (não tão alto) na vida pessoal, mas que solidificaram ainda mais minhas bases e limites. Até porque estou mais velho e menos louco que antes, mas sempre focando em novos desafios e horizontes. Cheguei perdido em Coimbra, me mudei com receio para Dublin, fui com medo para Lisboa e cheguei preparado em Barcelona, para depois “apanhar” da pandemia e ter que viver toda a incógnita que perpetua o mundo há mais de 1 ano…
As famílias que o Palmeiras me apresentou…
Ironicamente cheguei em Barcelona 10 anos depois de prometer que iria morar aqui. Daquele moleque “cabeludo” e maravilhado com as descobertas do primeiro mochilão e que achava que a cidade perfeita existia aqui, cheguei mais frio e consciente de que a perfeição não existe em lugar algum e que nem tudo é alegre sempre. Talvez essa “pequena” diferença tenha feito todo o sentido em não ter vindo direto para cá, pois tudo daria errado e eu teria meu coração despedaçado sem nenhuma culpa da cidade…
Para comemorar a data do meu primeiro aniversário, fui até Tibidado. Uma igreja que você consegue avistar da cidade toda, mas que deve ser menor que a minha sala. A vista compensa tudo e o esforço também. Valeu muito a pena comemorar dando “Glória a Deeeeeuuuuuuuxxxxxx” porque sem ele eu já estaria longe daqui e perdido em algum buraco qualquer. E claro, como bom gordinho careca, eu precisava comer né?
Do resto, a gente continua. 1 ano de Barcelona, tentando construir a vida por aqui. 4 anos de Europa, tentando fazer todo o esforço e mudanças valerem a pena. Eu tenho sonhado mais. Tenho me iludido menos. Tenho trabalhado mais e também tenho realizado com mais força. No resultado final, depois de 4 anos, eu to feliz. E já falei aqui, enquanto a alegria e a felicidade existirem por aqui, eu vou ficando e desfrutando…
Parabéns para mim!