Com um atraso enorme e vergonhoso da minha parte, mostro e conto um pouco do que fiz na minha viagem para o norte da Espanha em julho (!!!).
Nesse roteiro, no meio da pandemia e com receio de novos bloqueios e olhando as notícias diariamente para saber se as fronteiras seriam fechadas e tudo fosse perdido, eu percorri e conheci Santander, San Sebastian, fui rapidinho até Biarritz (que é na França) e terminei o giro em Pamplona.
A ideia partiu porque, o ano que eu queria chegar próximo dos 100 dias viajados em 2019, estava indo para o ralo (literalmente). Para não passar o verão branco, aluguei um carro, tirei umas férias e parti para o extremo norte da Espanha. Foram 3 regiões visitadas em teoria (Cantábria, País Vasco e Navarra) e aproveitadas com o melhor que suas “capitais” (ou cidades importantes) têm a oferecer.
Comecei a viagem por Santander. A cidade onde temos a “Agencia 0001” do banco mundialmente conhecido. Se mostrou bem interessante e convidativa até para morar. Sério, daria para morar em Santander. Porque ela consegue unir os lados de maneira bem interessante – Há praia, há “vida profissional” e há também locais “ok” para se morar. Não é como aquelas cidades grandes que só possuem lugares caros e modernos para se morar. Santander é OK.
Logo na primeira noite eu desafiei a normalidade e parti em busca de um polvo para comer. Entrei no Google, digitei “donde comer pulpo en santander” e o primeiro resultado é “Bar Abel”. Olhei as fotos e fui. Eu estava bem no centro, ao lado da estação de trem e rodoviária. O Bar Abel é na parte alta (põe alta nisso) da cidade e um bairro totalmente de pessoas locais e zero turismo. Fui com meu queimado de verão, bermuda, camiseta e olhar perdido, sendo “encarado” por um monte de trabalhadores no fim do dia e eu sorrindo arranhando um “buenas tardes” sorridente. Depois de (muito) caminhar por ruelas, entrar e sair de becos, cheguei ao Abel. Tinha um casal e eu no bar. Pedi o polvo e uma cerveja… Quando chegou, PUTA QUE O PARIU! Polvo foda. No ponto e valeu cada centavo gasto na viagem. Foi foda.
Seguindo a viagem… Quando falarem para você que o tempo no Norte da Espanha é imprevisível, lembre-se do Gordinho Careca aqui, pois na manhã seguinte fui do passeio ao centro antigo na chuva, até tirar um cochilo na praia com um sol de 30 graus… Algumas fotos aqui.
Manhã seguinte, com o céu limpo e perfeito, preferi seguir direto para San Sebastian para curtir mais praia. San Sebastian, ao contrário, é uma cidade menor (na impressão que tive) e que foca a vida (e seu idioma bizarramente diferente) na sua independência. Eu achava que Catalunha era “forte” na questão de separatismo, mas o País Vasco está MILÊNIOS na frente…
Enfim, ali aproveitei os bares e as 2 praias da cidade.
No dia seguinte eu dei uma esticada para Biarritz (40 minutos de carro apenas). Um dos balneários mais “badalados” do Sudoeste da França. O passeio vale e realmente a badalação deve existir em uma vida sem pandemia. Na alta do Corona e em uma terça-feira, foi bem tranquilo. Mas o dia passou bem rápido e por conta de eu esquecer o cabo do celular, não tenho fotos da melhor praia, pois na volta para San Sebastian, fui pela rota sem pedágio e passei por muitas vilas litorâneas realmente fantáticas (que valem mais a pena que Biarritz – mas cuidado que só falam francês. Quase nada de inglês e arranham mal o Espanhol hahahhaha)…
A última parada da viagem foi Pamplona. A famosa cidade pela corrida dos touros que todo ano vemos na TV. Ignorâncias à parte, a cidade é bem bacana e reserva boas paisagens e COMIDAS (!!!!!). Sim, foi ali em Pamplona que eu provei a melhor bomba da minha vida. Bomba é como uma almôndega diferenciada. Essa do Bar Gaúcho de Pamplona leva um creme/bechamel com queijo que acaba transformando uma simples bomba em algo indescritível. Sim, voltei umas 2x no mesmo dia para comer.
A cidade é bonita e acho que a melhor parte são suas igrejas, catedral e o trajeto da corrida de touros com um pouco das “regras” e tradições existentes. Foi bem bonito e bacana fechar a viagem por ali. Depois, a estrada chamava e muitos kms foram rodados até em casa.
Uma curiosidade meio além dessa parte da Espanha. Existe um caminho alternativo de Santiago que percorre todas essas cidades. Então é normal você cruzar e/ou conhecer peregrinos que estão fazendo o caminho ou “treinando” para o completo. Admito que depois dessa viagem, os planos de fazer o caminho ficaram mais “concretos” na minha cabeça, mas isso é papo para outro momento… 😉