Riot Fest 2019

A ideia para ir ao RiotFest começou do nada e foi a maior insanidade que eu fiz por um festival (e esse posto estava com o Amnesia desde 2014). Tudo começou em maio, quando o Anti-Flag e o Hot Water Music compartilharam o lineup do festival no mesmo dia e eu fiquei meio assustado com a quantidade de bandas. Mais do que o Amnesia e colocando mais bandas absurdas juntas do que em Leeds. Ou seja, a física seria testada mais uma vez no mundo…

Eu nunca quis ir aos Estados Unidos, mas tinha uma exceção com Chicago. Ainda vou falar sobre a cidade, mas eu tinha essa vontade. Comecei a procurar mais informações, ver voos e afins… O Pablo, meu antigo chefe do Rio de Janeiro, comprou a ideia e estaria nos EUA no mesmo momento e acabei pagando para ver. Tudo foi comprado em junho e daí foi só esperar o tempo passar até setembro…

O problema do RiotFest é que era muita banda junta. Com certeza eu perderia inúmeros shows e teria que fazer escolhas complicadas no decorrer do festival… Tudo ficou mais confuso, quando a organização separou as bandas e todas que eu queria realmente ver ficaram na sexta e no domingo. Sábado era um dia totalmente “desprezível” e com quase nada que eu gostaria de ver.

Enfim, fiz minha escolha para ver shows pela primeira vez e tirar as bandas que já tinha visto. Com isso, “perdi” Pennywise, H2O e RANCID – para ver Dashobard Confessional e Flaming Lips (além de perder Descendents por ele estar no meio disso e ser impossível sair do palco por conta da multidão). Enfim, isso são apenas exemplos, pois outras coisas parecidas rolaram na sexta e domingo.

Quem abriu o meu festival foi o Anti-Flag e fez um setlist muito parecido com o tocado em Leeds. Foi interessante ver que mesmo em casa o Anti-Flag faz um show bem parecido com a entrega e discursos. Ou seja, a mensagem e energia é a mesma. Para quem já viu 5 vezes o show, acaba sendo interessante saber o que esperar (e isso não necessariamente é ruim) e se preparar de maneira diferente.

Depois Hot Water Music apareceu e fez seu show “padrão”. É assustador o carisma do Chuck Ragan e de como Chris Cresswell está integrado na banda. Queria muito ver HWM com a formação original… Mas, parece que isso ainda vai demorar muito tempo.

Consegui ver Senses Fail (!!!) tocando um pouco e ainda bem que não fiz loucuras para chegar mais perto. Depois vi o início de Pennywise e voltei para ver Violent Femmes. Shows interessantes, mas não para repetir. Dashboard Confessional veio a seguir para tocar na íntegra o “The Places You Come to Fear The Most” inteiro. E apesar das músicas falarem por si, o show foi meio “popstar” demais, o que acabou tirando um pouco da magia que tinha ao ver um dos CD’s emblemáticos da minha adolescência.

Depois o Flaming Lips apareceu no palco e trouxe cor (muita cor) para tocar o “Yoshimi Battles the Pink Robots”. Bem que o Pablo disse que o show dos caras era bom e é realmente uma parada difícil de descrever. Valeu muito a pena para encerrar o primeiro dia (Sim, desistimos de Blink… Até porque, não né).

Sábado era um dia totalmente perdido, então chegamos no festival por volta das 18h e vimos meio show do Anthrax e depois Rise Against fez um dos grandes shows que vi no festival. Muito bom e realmente uma excelente pedida. A noite fechou com o Bloc Party que tocou o “Silent Alarm” na íntegra. O grupo britânico fez bonito e foi outra grande surpresa que conheci. Inclusive o álbum já foi para a lista de álbuns do Spotify.

Domingo era um dia que teria mais correria e shows perdidos, mas que começou vendo três músicas do “Village People” (Sim, isso mesmo que você leu) e corri para ver Less Than Jake, que fez um show padrão e esperado. Mesmo assim, Less Than Jake sempre monta um pseudo carnaval nos shows e todo mundo pula. É sempre divertido. Na sequência, ouvi de longe o Against Me!, mas acabei vendo 5 músicas do Streetlight Manifesto, até correr para o outro lado do festival para ver Dave Hause e seu show completo com banda. Mesmo sem a Kayleigh Goldsworthy (ou a-mulher-mais-gata-possível) tocando com eles, o show foi realmente bom e trouxe todas as grandes músicas. Tinha pouca gente vendo, mas quem estava ali não se arrependeu.

Depois foi hora de ver Patti Smith (ou a criadora de “Because the Night” junto com Bruce Springsteen) e sua aura punk intocável, mesmo com a idade avançada. O meu festival se fechou com o show do The Racounteurs que realmente foi muito bom e valeu para ter conhecido.

No fim de tudo, a loucura e insanidade de ir para os EUA só para ir ao festival e viver tudo isso valeu a pena. O Douglas Park apesar de não ser gigante, abrigou bem palcos e público e mesmo com o som estar muito ruim no primeiro dia, tudo foi melhorando com o passar do final de semana e domingo estava perfeito. Um festival que tem como patrocinador para cerveja a Goose Island, não pode ser ruim né? E falando nisso, eles criaram a “Riot Fest Sucks” uma PALE ALE com a embalagem “destacável”, onde tinha o schedule dos palcos dos três dias. Prático e saboroso 🙂

Não consigo mais falar que é o último, pois sempre aparece algo novo. Mas, naquela máxima de “Onde o Rock me levou” ganhou um capítulo grandioso e totalmente válido. Se for o último, foi lindo fechar com chave de ouro. Se não for, que me destrua e me traga felicidade para vida. Afinal, esse é o necessário no final das contas… E valeu Pablo por acompanhar e compartilhar dessa loucura. Até a próxima!

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