The Cure – Nos Alive 2019

O The Cure foi escalado como headliner do primeiro dia do festival Nos Alive em Lisboa. E lá fui eu para o 4o show da banda…

Além do Cure, o setlist contava com inúmeras outras atrações que mesclavam todo e qualquer estilo musical. De um jazz ao pop, um indie ao hip-hop e que se espalhavam pelo “Passeio marítimo de Algés” – que não é muito gigante, mas tem um bom espaço para os “sete” palcos (um deles inclusive no pórtico da entrada – bem interessante, pois a galera que chegava no festival já ia curtindo uma banda no portão principal).

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Pois bem, cheguei por volta das 18h30 e fui ver o palco principal para ver como seria a logística toda para assistir o The Cure. Lá tocava o Linda Martini, um quarteto português que “estava voltando para casa depois de anos”. É difícil definir o grupo, pois algumas músicas vão de uma levada mais punk rock ao indie-meio-emo-demais. Enfim… Tem um público fiel e que estava na frente.

Depois o Weezer iniciou o seu show escalado em um horário errado (na minha opinião). O conjunto americano fez o que podia e o que sabe. Saíram bastante aplaudidos e prometaram voltar como “headliner” para tocar em um “horário melhor” – a ironia fica de graça. Abriram com “My name is Jonas” e teve bons momentos com “Happy Together” (com uma parte de Longview do Green Day), Take on Me, Feels Like Summer e fecharam com Buddy Holly. Um bom show e uma pena de não ser em um melhor horário.

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Depois fui andar e conhecer melhor todo o festival. Acabei parando no palco Sagres que tocava (e levava uma galera à loucura) o Xavier Rudd. Confesso que vi metade do show e não entendi a empolgação, mas não tecerei melhores comentários. Foi o momento de uma cerveja, descansar um pouco e ver que “Jorja Smith” levava muita gente a loucura também – a maioria por volta dos seus “20 e poucos anos”…

Voltei ao palco principal para acompanhar o show do Mogwai. Muita gente ficou assustada com as guitarras, distorções e a falta de vocal nas músicas, mas que na minha opinião criou muito bem o clima “sombrio” para quem esperava o The Cure. O quarteto da Escócia tentou esbanjar uma alegria por estar ali e foram cirúrgicos (e pesados) na sua 1h e pouco de show. Muita gente virou a cara, mas alguns aplaudiam e se emocionaram com toda a atmosfera. Valeu…

Se o Mogwai criou o clima sombrio, o The Cure veio e dissipou tudo… Mesmo com um setlist pesado e para “fã” (trinca de abertura com Shake Dog Shake, Burn e Fascination Street não é um início agradável), mas víamos um Robert Smith completamente à vontade, alegre, dançando e até brincando do seu jeito.

O The Cure tem dois tipos de setlists para essa turnê de 40 anos (ou Summer Festivals 2019) – Um mais denso (na minha opinião, novamente) como este tocado em Lisboa e outro mais “comum” e parecido com o Bestival (abrindo com Plainsong, Pictures of You, etc.)… O fato é que as músicas são as mesmas, pouquíssimas mudanças/novidades e quem acompanha sabe o que esperar. O que muda de show para show (e eu os vi há quase 1 ano atrás em Londres) é a disposição da banda. Absurdamente alegre e bem à vontade, faz a alegria do público que, mesmo vendo diversas vezes, cultua a banda e canta as músicas com vontade e como se fosse a primeira vez. O show vai mesclando as partes para fãs e a que faz todo mundo cantar junto e dançar (um exemplo de como isso funciona foi a sequência de Push, In Between Days, Just Like Heaven e From the edge of the deep green sea), não cansando ninguém – nem mesmo o velho aqui que já começava o básico de travar as costas…

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Com pouco mais de 2h de show (2h23 para ser exato), encerraram o palco principal do Nos Alive (ainda teriam outros shows nos outros palcos, mas o trabalho me chama no dia seguinte né? – Hot Chips começaria às 3h da manhã… Muita coisa né?) e, como está sendo básico na turnê, terminam com Boys Don’t Cry e promessas de retorno logo, afinal teremos novo CD deles no ano que vem…

E que volte seu malditinho. Volte rápido e muitas vezes… Sempre bom revê-los e saber que ainda temos muita energia e músicas para curar nas nossas vidas.

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