Smashing Pumpkins – Nos Alive 2019

O sábado me reservou ver uma mais uma daquelas bandas que estavam em uma lista de “impossíveis” – Smashing Pumpkins.

Era a última noite do NOS Alive e, novamente, o meu lineup havia apenas uma banda. O que fez eu chegar ao festival quase às 21h (o show iniciou 22h30, apesar de serem headliner do festival, não fecharam o palco principal do evento – quem o fez foi o The Chemical Brothers). Apesar disso, foi a decisão mais acertada que fiz. Tinha MUITA gente. O festival estava absurdamente lotado e tudo complicou muito mais. Andar, beber, comer, banheiro… Tudo estava caótico no último dia e a opção foi ficar bebendo algumas opções de Beirão (porque a fila era mais convidativa, apesar do preço alto) e esperar o show começar.

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Antes de Smashing Pumpkins tocou Bon Iver e realmente queria conhecer o cara que é bem cultuado por aqui. Desisti na terceira música e foi um dos shows mais longos (perceptivelmente falando) que vi nos últimos anos. Parecia que chegaria o natal e o cara estava tocando lá. Muita gente gostou e se emocionou, mas eu realmente não me identifiquei… Coisas da vida.

O palco foi montado com alguns “bonecos” e 22h30 exatamente James entra no palco seguido de Jimmy e, por último obviamente, Billy Corgan. Ver a formação quase original é algo realmente pesado (e faltou a D’Arcy – por mais brigas e informações desencontradas e acusações existentes). Siva abre o show seguida por Zero e o pandemônio realmente se instaura. É como se todos voltassem aos “1990 e muitos” e a adolescência falasse alto naquela uma hora e meia. Existe espaço para as novas músicas, mas é nítido que muita gente (inclusive eu) deixou de acompanhar e espera (e agradece) os hinos de outrora. Bullet With Butterfly Wings soa pesada e escancaradamente linda. Disarm não perdeu o brilho, mesmo com sua letra tão melancólica e triste. Enfim, a trinca de ouro do show, com Ava Adore (e com Billy Corgan dançando e feliz), 1979 e Tonight, Tonight – Ali, braços se jogam, a gente abraça as pessoas do lado e sorri como se fosse um final de vida alegre.

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Tonight, Tonight foi a primeira música que ouvi deles. Foi dali que conheci Smashing Pumpkins e, como muitas músicas na vida, percebemos tardiamente o quanto ela é verdadeira. “The more you change the less you feel” é tão verdade que um pré-adolescente não percebe, mas um tiozinho de 35 berra aos quatro cantos o quanto isso tem de verdade (e talvez se emocione por saber que cada vez acontece mais, mesmo lutando contra isso).

Dali feito, fui tentando sair do festival, com Cherub Rock e The Aeroplane Flies High (que é bem interessante ao vivo). Today fecha com um Billy Corgan sorridente e agradecendo os presentes que o fizeram relembrar um show de 1996 em Cascais. “Foi épico, lembras?” foi o comentário de um cara do meu lado e eu sorri e pensei “Hoje talvez tenha sido, afinal ele sorriu…”

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E obrigado Billy, James e Jimmy (E D’Arcy) – não por voltar em 1996, mas por entender que desde mais ou menos por aí que vocês dosaram muitas músicas por aqui.

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