Counting Crows–25 Years and counting…

Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de Counting Crows… E esse “gostar” vai muito além de “Mr Jones” ou “Accidentally in Love”…

Claro que conheci Counting Crows com Mr Jones, mas até eu baixar os CDs e ver que eles têm muita música boa em sua discografia e que muita gente “desconhece”. Porém eu gostava, mas era aquela banda que eu não sonhava em ver (algo como Third Eye Blind ou até The Hold Steady), visto que as turnês eram bem focadas nos EUA e eu não tenho aquela ULTRA vontade de focar minhas férias por lá… Pois bem que 2018 sempre causou surpresas em mim e trouxe uma turnê rápida para Dublin. Quis o destino que eu não morasse mais em Dublin, mas eu fiz o esforço de comprar o ingresso e garantir a passagem para minha “antiga” cidade e curtir o show.

Sim, eu comprei o ingresso em uma aba do navegador e na seguinte eu estava comprando a passagem ida e volta de Lisboa.

O festival que o Counting Crows tocou foi o Blue Fest onde tocavam antes de White Buffalo e Alison Krauss. Não conheço muito das duas bandas anteriores, então vou me reter na insignificância de não comentar minha opinião “virgem” dos shows. E sim, nenhuma das duas bandas me deu vontade de conhecer mais.

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21h30 Counting Crows abre o show com “Mrs Potter Lullaby” e o telão acompanha o refrão pedindo um sing along forte. “Angels of the Silence” veio em seguida em uma versão mais lenta do que o normal…

E aí fica claro o show do Counting Crows. Se você procurar um pouco as resenhas de shows do Counting vai ver que eles primam para quem GOSTA deles e não para quem os CONHECE. Isso quer dizer que eles mudam arranjos, “enrolam” as músicas e explicam toda a temática existente. Adam explica todas as músicas, de maneira até cadenciada, e ambienta a plateia nas razões de escrever tal letra. É legal para quem gosta, péssimo para quem quer os hits da maneira que o rádio toca.

A banda é totalmente cirúrgica. Mesmo o set seguindo uma “normalidade”, a banda parece se divertir e “improvisa” o quanto pode. Tentam um espetáculo, mas fica claro que é forçado. Tecnicamente o som e a banda merecem aplausos… As músicas são perfeitas e mesmo com arranjos novos ficam lindas e fortes ao vivo.

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Se “Angels” ficou lenta, “Round Here” foi melhorada… E mesmo eu nutrindo uma enrolação maior que não teve em “Rain King” (geralmente eles cantam “Thunder Road” do Bruce Springsteen no meio), ela foi curta mas totalmente forte. A melhor ever do show na minha opinião.

E no meio do set estava ela ali, sem obrigado e nada mais… Mr Jones foi iniciada, um pouco mais lenta que o normal, a letra ficou intocável e acabou. Foi a que mais animou, lógico. Mas fica claro que a banda gostaria de ser conhecida e admirada mais do que ela (e talvez até seja)… Para mim, que acha Mr Jones uma das melhores músicas já feitas, foi especial ouvir com a banda original. Ver que o sucesso mudou a banda e também a audiência. Mas o engraçado é que hoje, uma semana depois do show, eu lembro de muitas outras músicas mas não dela… Talvez Counting Crows seja mais que aquela música mesmo.

No fim da noite, “Holiday in Spain” terminou o setlist de apenas 15 músicas, mas executadas em pouco menos de 1h30. Valeu? Muito! Está longe de ser o melhor show de 2018, mas foi especial por ver uma banda que gosto há tempos ao vivo e saber de toda vibe que rola em um show deles…

Eu repetiria fácil.

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