Um desabafo…

É um desabafo. Apenas isso. Antes de tudo, esse espaço é algo pessoal, onde gosto de criar algumas coisas para que, de tempo em tempos, eu possa relembrar e analisar como estava em determinado momento da vida. Esse é um desses pontos. Talvez não faça sentido – provavelmente não fará para você. Mas de novo, esse espaço ainda é meu e você não precisa ler…

Eu vivo sozinho. Antes de qualquer justificativa ou ideia, eu talvez tenha criado essa solidão por opção. Foi opção minha mudar de país. Opção minha sair de Dublin. Opção minha vir para Portugal de novo e opção minha morar em Lisboa. Não fiz obrigado ou pensando em um pseudo sucesso que eu sei que não existe. Mas, como toda ação tem uma reação… A minha é essa.

Em um paralelo extremo, é a mesma coisa de quando você mente ou destrói sua confiança em alguém, é responsabilidade sua entender que não há volta ou “perdão”. Ninguém pediu para você mentir, magoar, ocultar e ferir (moral ou fisicamente) alguém. Você o faz de livre e espontânea vontade. De forma egoísta e até criminosa, mas é sua responsabilidade.

E a solidão é engraçada. Ainda luto para compreender a sensação de ser invisível no mundo. Ainda não me acostumei, até porque são menos de dois anos vivendo por aqui, com a frieza e “impessoalidade” que existe. É estranho e tudo é volátil demais, temporário demais, frágil demais e falso demais. A intensidade que você encontra alguém e aprende a gostar daquela pessoa como “amigo”, é a mesma em que percebe que aquilo nunca será uma amizade e tudo é voltado a se aproveitar do momento. Seja financeiro, seja pessoal, seja profissional…

E eu sei que o mundo é assim, sempre foi. Mas o grande problema foi que me acostumei em ter isso como uma “minoria quase inexistente” na “minha bolha” (por mais que você jure que não, você vive em uma bolha)… E de repente, como falei acima, eu removi a minha bolha e fui criar outra onde APENAS tenho essas coisas. E esse choque machuca e cria uma antítese do que eu imaginava para mim em um “futuro próximo”. Cria uma imersão, onde eu vivo em contagens regressivas para algo eufórico, para agarrar qualquer alegria palpável e ficar vivendo apenas com lembranças… Sozinho. E a realidade também é a que estou velho demais para certas coisas.

É um ciclo. Viciante, fraco, feio… Um ciclo que se resume apenas em: Decepções, solidão, planos, euforia, solidão e decepções.

E com isso, eu canso um pouco de ficar falando sozinho em casa, andando de um lado para outro, criando diálogos e situações fictícias e resolvo escrever. E você talvez se pergunte por que não falar com um amigo verdadeiro? E eu não sei, mas prefiro algo eufórico e real com eles, do que gastar minhas energias tentando desabafar como é a solidão ou o gosto de viver uma mentira… De novo, é uma escolha e por mais bizarro que pareça, faz sentido no fim.

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3 thoughts on “Um desabafo…”

  1. Ser invisível para o mundo é apenas uma sensação! Você é caro pra muita gente! Quando vir ao Brasil vamos fazer um churrasco de bacalhau! Rs! Um grande abraço, meu amigo!

  2. A pergunta que não quer calar… você gosta da solidão? Te faz bem? Por que nunca pensou sem se relacionar com alguém para viver junto com ela?

    1. Olá…

      Ninguém gosta da solidão, mas a gente aprende a viver com ela. Essa é a grande batalha. Você entender o que se passa e daí ver as suas opções.
      O grande problema dos relacionamentos no dia de hoje, é que eles são mais falsos que verdadeiros e causam mais solidão do que companhia. Claro que não estou generalizando, mas sabemos que a grande maioria é baseada em mentiras, fugas e uma falsa ilusão de alegria.

      Eu, infelizmente, acabo indo para o “antes só, do que mal acompanhado”…

      Obrigado pela visita 🙂

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