Hot Water Music Londres…

Guardarei com um carinho enorme o dia 25/4/2018 como o dia que, depois de anos de rock, viagens, shows, festivais, roubadas e maravilhas, eu fechei a "wishlist" que construí nesse caminho (longo) rockeiro. Hot Water Music foi o responsável por fechar minha lista de "bandas para se assistir antes de morrer"… De quebra, o show ainda ofereceu uma abertura de Flatliners e também do vocal do Avail (em um show solo/acústico/folk) Tim Barry.

O local foi o já conhecido Eletric Ballroom em Londres e de novo pude ver o local cheio (mas menos lotado e quente do que no Hold Steady) para todos curtirem os shows.

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A primeira banda foi o Flatliners que está excursionando com o HWM por conta do problema de saúde do 2o vocal Chris Wollard (ele está fora da banda desde novembro/2017 por conta de uma crise de ansiedade e stress séria). Com isso, para seu lugar a banda chamou o Chris Cresswell da Flatliners e aí uniram o útil ao agradável…

Flatliners é uma banda muito boa ao vivo. Eles têm um público fiel que se não é numeroso, marca presença nos shows para cantar as canções (é engraçado que eles não agitam muito, mas cantam todas as músicas). O set foi bem diversificado, cobrindo todos os CD’s e fases. O agito e berros das músicas funcionam ao vivo com a banda no palco e vale muito a pena. Eles estarão de volta na Europa por 3 vezes no verão (uma delas aqui em Dublin com o Gaslight Anthem) o que renderá uma boa escutada na discografia para cantar mais músicas.

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Depois subiu no palco o Tim Barry e seu show intimista, contador de causos e histórias e bacana para quem é fã. Um pouco enrolado para quem não conhecia e que estava ansioso para o grande final da noite…

Hot Water Music é uma banda que não me acompanha há muitos anos. Menos de 10 facilmente… Mas mesmo assim chegou para ficar. HWM não é bom, É DO CARALHO! Não existe alguém que curta HC/Punk Rock que não goste e/ou respeite Hot Water. Uma boa olhada na discografia (até que pequena) da banda e você consegue enumerar umas 10 músicas perfeitas.

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Remedy abriu o set e Chuck "Rei" Ragan já destrói o universo com a sua voz rouca e presença marcante. Se toda a banda é muito competente ao vivo, Chuck sem querer rouba muita atenção por tudo o que representa para todos os fãs da banda. O show cobre tudo. Não tem nenhuma fase ou CD que fica de fora do setlist e eles mesclam bem as novas músicas (QUE SÃO BOAS SIM!) com clássicas e antigas mais pesadas. Como falei, tem espaço e tempo para tudo… Flight and a Crash, Never Going Back, State of Grace, Mainline e Trusty Chords estão por ali no set (que ainda tem espaço para músicas pouco conhecidas, como Alachua).

A banda dispensa comentários e mesmo Chris Cresswell funciona e está já bem à vontade com a banda. Canta as músicas e tem a quase mesma entonação do seu xará, o que faz a banda não perder peso e nem estilo com o tempo fora do seu vocalista "real". 21 músicas depois (terminaram com um cover do Avail e True Believers do Bouncing Souls) a banda e quase todo o backstage no palco para uma enorme festa e satisfação em estar ali para saudar um público que agradeceu sorrindo pela oportunidade e outros (como eu) que se emocionaram facilmente em ver a conclusão (em alto estilo) de um caminho enorme percorrido.

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E para combinar com o último capítulo dessa odisseia, nada mais justo que citar Mainline e seu refrão que diz "We are here and time is relevant"… E foi bom ver que tudo é relativo quando se completa uma grande jornada como essa. Esperamos os próximos capítulos…

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