Barcelona – Ainda o bom dia…

Tenho um problema sério com Barcelona. Desisti de chamar de cidade perfeita há algum tempo. Desisti também de falar que ela é a melhor cidade do universo. Desisti também de idolatrar absurdamente o respirar de lá. Posso quebrar a cara um dia (será a maior derrota da minha vida até então), mas Barcelona pulsa na minha frequência. Ela tem algo que me pertence e sempre perco as palavras para descrever a cidade.

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Na minha terceira visita, eu resolvi refazer todos os principais pontos e ter a certeza que aquela cidade é perfeita.
No primeiro dia quis uma “overdose” de Gaudi. Caminhei pelo Passeig de Gràcia para as casas Batlló e Milá, depois Parc Güel e reencontrar aquela vista absurda e bonita de um lugar único. Não sabia que o Parc pagava para entrar (acho que iniciou em 2014) e eu não quis enfrentar a fila e pagar os 7,50. Ele está em reforma e então os seus azulejos estavam encobertos. Mas valeu a tentativa. Depois dali resolvi gastar quase 1h caminhando sem GPS por todos os bairros meio que retornando ao Passeig. Fiz isso e vi várias janelas com bandeiras da Catalunya e tantos falando “SI” para a separação. Fiquei pensando em como seria um país separado ali, mas preferi deixar isso para um futuro… Vi várias placas de aluga-se e a minha vontade era ligar para todas e ver se é que nem aqui (que tem que fazer entrevista e torcer para ser escolhido – ODEIO DUBLIN!). Depois de 1h15, cheguei à Rambla Catalunya e escolhi um restaurante para almoçar – Sangria e Arroz Negro para o primeiro prato depois de 6 anos longe dali. Fui sem pressa para o hotel e depois aproveitei a Sagrada Família e as lágrimas brotaram, pois aquilo não é só perfeito – é ABSURDAMENTE perfeito. Infelizmente não consegui entrar, pois como tudo precisa comprar antecipado e agora estão “controlando” a quantidade de visitas. Mas vale a pena entrar e curtir aquilo por dentro. 15 EUR o ticket básico. Reserve antes e vá! De noite, a emoção tomou conta novamente ao reencontrar a Taverna Irati. Quem me conhece sabe que falo da Irati sempre e TODOS (sem exceção) agradecem a indicação. Puta lugar fantástico.

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Dia seguinte continuei sem pressa para o Arco do Triunfo, Parc de la Ciutadella, Vila Olímpica, Barceloneta, Bairro Gótico e outro reencontro fenomenal – Bosc de las Fades ou “o lugar que eu tomei a primeira sangria da minha vida”. Mais recordações e lembranças. Depois foi a vez de ver a Rambla de manhã e tentar entender como um ser-humano enfiou um carro ali para um ataque terrorista. Bebi mais no almoço, comi uma paella OK (nada de mais) e retornei pela praia para o hotel. De noite foi hora de conhecer o bairro de El Poble Sec e seus tapas surrealmente lindos, fantásticos e a UM (1) EURO! Fantástico!

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No terceiro dia lá fui eu para a Plaza España, Museu de arte e parque olímpico. Depois retornei para o Shopping Arena para tirar fotos, retornei para a Rambla onde fui ao Mercado La Boqueria e depois fui até a Vila Olímpica para almoçar no Moncho’s (e provar novamente que estão facilmente no topo dos restaurantes). Voltei para o hotel para descansar, mas não sem antes me perder mais de propósito. De noite foi obrigatório ir novamente para El Poble (dessa vez totalmente a pé) e curtir os últimos momentos dessa cidade que não se explica, mas se vive.

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Barcelona é um capítulo diferente mesmo. Por mais que eu vá e não faça nada, é um lugar que tem meu estilo e ritmo. Fui a primeira vez em 2010 e a cidade encaixou. Voltei para algo mais tranquilo (mesmo um Primavera Sound no meio) e tive a certeza. 6 anos se passaram, cabelos caíram, a vida seguiu, mas a cidade pareceu ser perfeita novamente e foi especial poder comemorar os 34 anos. Depois de tantas escorregadas na vida, a certeza que um lugar as coisas são boas. Tenho essa promessa feita há muito tempo: Eu ainda morarei ali. Posso quebrar a cara e falar “Barcelona é só boa visitando”, mas eu preciso viver isso diariamente. Nunca senti isso por nenhum outro lugar (e justo eu que sou totalmente sem raiz), mas por Barcelona sim…
E ah, ainda continua de pé: Eu caso de igreja e tudo, mas a igreja tem que ser a Sagrada Família 🙂

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