É bom iniciar o roteiro "bizarro" para que não tenha um problema maior. A viagem de ida DUBLIN – FARO estava bem barata. A volta estava ABSURDAMENTE cara. A saída foi encontrar um jeito de fazer "escala" (Ryanair não existe escala) e daí veio a volta fazendo FARO – LIVERPOOL – DUBLIN.
Para os que não conhecem, o Algarve é uma região ao sul de Portugal. É o "Fim" do país literalmente, onde temos o Cabo de São Vicente, em Sagres, que é o ponto mais a Oeste da Europa (e que antigamente era considerado o Fim do Mundo). Hoje a capital do Algarve é Faro e é de onde chegam e partem todos os voos para a região. Dentro do Algarve você tem várias cidades e atrações, sendo que é um dos destinos mais procurados pelos europeus nas férias de verão. O grande problema disso tudo é: O Algarve é gigante e você vai gastar bastante tempo nele para ver tudo (se é possível), então uma boa noção do que você quer ver e fazer é bem importante.
Minha ideia foi ficar em Lagos (por conta de ter os melhores preços de acomodação) e visitar algumas praias nas cidades de Albufeira, Portimão e Lagos. Além disso, ir até o "fim do mundo" de Sagres e Cabo de São Vicente.
Foram apenas dois dias e não se tem muito tempo a perder. Sexta-feira à noite foi apenas uma volta rápida por Faro depois de pegar o carro, jantamos em um bar ali no "centro" da cidade e depois fazer o check-in em Lagos. Sábado de manhã partimos para o Albufeira e suas praias da Oura e São Rafael. Depois no meio da tarde, fomos conhecer a Praia da Rocha – isso já em Portimão.
As paisagens do Algarve são fantásticas. O mar é sensacional (e é o mais frio que encontrei na vida), as rochas amarelas com um contraste sensacional de cores e uma beleza indescritível. O calor é grande e tive a sorte de pegar o dia mais quente do ano em Portugal no sábado (pelo menos até essa data né? hahahaha) e eu estava precisando dessa vida de calor, céu sem nuvens e um sol que castiga e alegra a vida.
Domingo foi dia de partir para o extremo oeste da Europa e chegar a Sagres. O Cabo de São Vicente, na época dos descobrimentos, era considerado o "Fim do Mundo", pois a terra era plana e depois dos mares havia monstros e afins. A paisagem e a vista são espetaculares. Realmente você fica maravilhado com as rochas e o bravo atlântico lá embaixo. Muito vento e a dica é que mesmo no verão, o frio é presente e um casaco sempre é bem vindo. Depois de curtir a paisagem, voltamos para Lagos e as praias do Camilo e Dona Ana até o dia acabar. São as praias mais conhecidas de Lagos – a Dona Ana é melhor (e maior) para você ir. A do Camilo é legal, mas a escada cansa (MUITO) e a pequena (quase minúscula) faixa de areia não deixa muito espaço para curtir.
Todas as noites nós buscamos restaurantes e bares para comer e beber na cidade. Lagos é bem servida desse assunto. A concentração maior está na "cidade murada" e ali você encontra tudo o possível – de tradicionais a japonês, de tapas espanhóis até lanches.
Segunda-feira foi vez da insanidade e correria tomar conta do corpo. Chegamos a Liverpool às 9h30 (saímos 7h da manhã de Faro) e percorremos a parte central da cidade até a energia esvaziar do corpo (leia-se 18h). Mas deu tempo de fazer algumas coisas importantes: Albert Dock, Torre, Cavern Club, ver um monte de coisas do Beatles, alguns prédios fodas e a Igreja Metropolitana de Liverpool (ou que também posso falar de "igreja mais foda e linda que vi na vida"). Sem comentários, apenas fotos, porque vale a pena a visita (é de graça, pode ir).
No final de tudo, o cansaço que tomou conta do corpo durante dias e o corpo inteiro descascando, fizeram apenas ter a certeza que a viagem valeu muito a pena. Lugares sensacionais, não tão caro (afinal, Portugal não é caro) e de quebra conhecer mais uma cidade do Reino Unido. Que venha o próximo feriado e novas viagens…