Em 2012 eu fui até um lugar chamado "Serralheria" meio que com um pé atrás para ver o RVIVR. Saí de lá embasbacado, emocionado e ciente que tinha presenciado não apenas um show de rock, mas uma aula de energia e coração em música… Ali, naquele dia quente e completamente "underground", fortalecia algo insano por RVIVR. Eu gostava da banda, sempre achei uma parada completamente sincera, feita com uma energia absurda e uma dose infinita de "coração" nas músicas que me faz seguir o trabalho deles tanto quando possível, mas naquele dia de abril eu coloquei isso em um patamar mais fodástico…

Em 2015, quando vi o anúncio da tour eu nem pensei 1 segundo em faltar no show de abertura… Logo tentei esquematizar um ingresso para o pequeno-aconchegante-taoquentequantoinferno Rock Together e quando recebi o ok do meu ingresso reservado, respirei mais tranquilo e ciente que a insanidade sincera e a lavada de alma já tinha dia e horário para acontecer.

O RVIVR mudou de 2012 para cá. Eu mudei de lá para cá e muitas pessoas ali também devem ter mudado alguma coisa (a pouca idade deles faz as mudanças serem menos espantosas)… Mas aquela faísca que me fez explodir há mais de 3 anos, continua intacta. Quando os primeiros riffs começam, tudo começa a soar mais perfeito. E quando o público, sedento por algo sincero, começa a urrar as músicas, a resposta da banda é tão potente quanto criando o caos a partir do coração.

Eu havia me esquecido de como o sorriso de "surpresa alegre" da Erica era bonito e quando eu o revi na 5a feira, tive a certeza que a noite já estava ganha não importando mais as músicas ou sequências que fossem tocadas… RVIVR é muito mais do que um punhado de 15 músicas sequenciadas… RVIVR é vida.

Seam, LMD e Edge of Living fizeram a temperatura subir ao extremo logo na trinca de abertura. Lá pelo meio, com Paper Thin, a Erica falou que estava muito quente e difícil até de respirar (e eu achando que o problema era a minha a idade que estava pesando…), mas ela disse tão alegre, que pareceu uma brisa de alento para o mar suado de pessoas espremidas na sala do Rock Together. O show continuou e ninguém queria saber de terminar esse mini-inferno.

Como sempre, Change on Me veio avisar que o fim estava próximo e as lágrimas até quiseram sair (mas elas talvez tenham evaporado com o calor), mas segui com os olhos fechados a melhor música que o RVIVR já escreveu até hoje (na minha modéstia opinião) encerrando assim o show que tenho certeza que partiu do coração deles diretamente para lavar a alma das 160 pessoas presentes por ali. Real Mean, Rainspell e a-mais-do-que-insana Cold in your Bones fecharam oficialmente a noite e a certeza do quão especial foi o show.

RVIVR é sincero. É aquela pessoa que você não vê há um tempo, que nem lembra o nome, mas que ao revê-la quer que ela se sinta bem e faz o impossível para que isso aconteça… Fica claro quando eles abraçam todos que vão falar com eles ao fim do show e ficou claro com o Matt rindo ao ver que a luz saiu no meio da nossa foto e brincou "Somos iluminados" e eu fiquei sem reação para responder e só consegui falar "Você sim" e agradecer pela noite absurda que eles nos proporcionaram…

A alma foi lavada e como diz Change on Me "Being real my friends and being free…"

Que tal compartilhar esse post? 😉