O ano de 2014

Confesso que pensei em desistir de retrospectivas. Pensei nisso em julho. No dia que parei de beber (e pensando friamente foi um dia agitado aquele 1o de julho), eu fiz uma recapitulação do meu ano e planejava um segundo semestre lento e rotineiro, sem nenhum brilhantismo… Só teria espaço para 4 pontos minha retrospectiva: A Mika, o Canadá, minha parada com a bebida e minha mudança para São Paulo. Revendo, naquele dia, meu ano não tinha nada de mais e realmente era algo que eu, depois de tanto tempo, poderia abrir mão e tentar "esquecer" alguns pontos… Com certeza alguns, durante 2015 ou 2016, iriam se borrar na memória caso eu não escrevesse sobre eles…

O fato é que 2014 foi um ano nivelado por baixo, com alguns pontos altos e bacanas. Não foi um ano ruim de todo, mas ele não foi bom. Meu segundo semestre foi catastrófico (com pouquíssimos ou nulos pontos positivos) e tendeu a balança ainda mais para o lado negativo da coisa.

Engraçado que tendo um papo nostálgico na mesa dos bares ou nos chats da vida, o sentimento era meio que o mesmo para a maioria das pessoas… 2014 foi um ano com muita expectativa e sem muito brilhantismo. Um ano que o inesquecível 7×1 foi inserido na vida de todos os brasileiros, amantes do futebol ou não.

Eu sempre prefiro os pontos negativos primeiros… De morte da Mika e as insônias nos dias 5 de cada mês, passando por momentos obscuros no lado profissional e sentimental da vida. 2014 foi pesado e meio cruel. Com suas discrepâncias rápidas e sem avisos… Se 2014 quis fuder a vida, ele simplesmente fudeu e depois avisou. Veio, mudou tudo e saiu de cena falando "acostume-se agora"… Não que a Mika estivesse bem e morreu do dia pra noite. Longe disso… Mas ela, em 1 semana, decaiu absurdos e no final das contas tivemos que sacrificar pois não tínhamos mais nenhuma outra alternativa.

Se em janeiro eu tive uma boa e excelente viagem para Curitiba com a saudade de pontos turísticos e bares existentes e fevereiro fui até Brasília para conhecer a casa do SIG… O ano começou mesmo com a decisão (bem em cima da hora) de ir para o Canadá curtir o Amnesia Rockfest em junho. Se aventurar sozinho pela terra das pessoas com o inglês e francês na vida por 13 dias. Foi uma viagem cara e totalmente proveitosa. Daquelas que eu me maravilhei por ter conseguido visitar e feliz por ver onde o rock (e esse gosto meio adolescente sem causa por shows e festivais) me levou…

No lado profissional, pontos altos e médios. Em questão de 19 dias eu fiz 2 entrevistas, negociei salário e data de início, me despedi da Evidência e me mudei para São Paulo para começar em um novo emprego. 19 dias. O turbilhão mais rápido e sem planejamento da minha vida rolou e foi BEM complexo. A vida no 011 durou apenas 6 meses e nesse tempo bons e maus momentos alternaram meus dias. O desafio era fantástico, consegui uma república fantástica e perto do trabalho, o salário era OK (o desafio era mais interessante que o salário), mas uma louca completamente sem noção da realidade entrou no meio e o tesão foi por água abaixo. Com isso resolvi, em novembro, retornar para Campinas e ao meu antigo emprego em uma nova área com um novo desafio também…

Com essa louca entrando no meio da vida, o tesão de outras coisas também foi se perdendo e eu acabei deixando o Gole & Gula. Meu filho tão fodástico agora é apenas do Breno e de quem mais ele quiser colocar… A falta de vontade de sair e conhecer lugares novos, somando ao fato de ter que realizar todas as análises possíveis e depois transcrever tudo para o blog, foi maior do que eu e acabei por deixar a edição do blog… A falta de vontade de escrever também foi sentida aqui com mais de 6 meses sem um post e várias ideias estão em um papel aqui do lado que eu tento prometer colocar no ar em 2015.

O restante é o normal de todos os anos e de todas as pessoas… Amigos chegaram e se foram. Outros reapareceram e tiveram aqueles que se calaram por alguns momentos longos… Mas que isso, eu realmente aprendi a relevar e achar que o melhor, o tempo se encarrega de mostrar.

Uma última confissão que ao pensar nessa retrospectiva tão pessoal quanto fofoqueira e sem sentido, foi que acabei vendo que as músicas deste ano (aquela minha retrospectiva musical do ano) retratam completamente qual foi o feeling de 2014. Logo, eu precisava ajeitar as ideias e rimar – quase que automaticamente, às músicas do ano. Logo, os posts se intercalam porque o que falo aqui, reflete ali e a sinergia do ano – que muitas vezes foi nula, mostrou ter toques perfeitos.

Que 2015 seja mediano e sem a montanha russa de 2014. Sem a copa do mundo, que nos fez parar até o meio do ano para terminar melancólica e triste… Se tiver uns 10 pontos positivos, já posso dizer que foi 100% melhor que 2014. Feliz ano novo!

Que tal compartilhar esse post? 😉

1 thoughts on “O ano de 2014”

Deixe uma resposta