Quando comecei a planejar a viagem, Toronto apareceu como destino certo por conta de ser a cidade que tinha passagem direto do Brasil… Quando fui procurar coisas dela eu li "É uma cidade diversificada". Mas nunca pensei que isso seria TANTO verdade quanto a Toronto que conheci e ainda não consegui entender hoje… Listo abaixo o que foi visto nas últimas 24 horas:
– bandeiras gays em cada esquina
– Uma velhinha, andando de cadeira de rodas motorizada e com 2 whiskys na cestinha da frente
– Ao mesmo tempo, um cara fantasiado de homem aranha anda no outro lado da rua com uma mochilha de notebook
– Depois um "casal" (2 homens) levam o filho para passear
– E uma mina passeia de biquíni (e EU – EU – querendo colocar casaco) no centro
– Uma menina fuma um cachimbo de maconha (muitas pessoas fazem isso, deve ser legalizado)
– Um velho parece vender algo suspeito na esquina
– Uma "profissional do sexo" reclama que a noite foi ruim
– Umas 15 minas que eu casava na hora passando fazendo coisas absurdas do tipo carregando um móvel. (SIM)
– Dois velhos, meio afeminados, passeiam de regata colada que dá para ver que eles têm piercings no mamilo. Eles devem ter uns 65 anos.
Enfim… É muita informação junta para um cara sozinho processar… É difícil e acaba virando uma zona. Toronto não. Não moraria… É uma cidade legal, mas tudo parece ser muito moderno para um cara quadrado como eu.
Mas enfim… Ontem cheguei, com 2 dias sem dormir direito e só consegui ir no pub da esquina, comer um PUTA (veja a foto) sanduíche, tomar 3 pints de uma ale bem saborosa e capotar como se não houvesse amanhã…
Mas teve. 7h30 acordei fui comer o "café da manhã do hotel" – leia pão, café, UMA jarra de suco para todo mundo e manteiga. Só. E depois parti para o sightseeing para ver se a cidade tinha algo interessante. Admito que deva ter – falam muito bem das ilhas de Toronto, mas o mal tempo não me animou ir conhecê-las. Mas se algo legal existe em Toronto, não me bateu da maneira certa no busãozinho aberto.
Tentei ir à Torre – a "atração" da cidade – e não animei de subir para ver uma cidade que não me parecia legal e pagar CAD35 por isso (pouco mais de R$70). Fui até o Museu do Hockey e apesar dos CAD18 pagos, ele me pareceu entediante – Como o museu no estádio centenário de Montevidéu. Andei pela Dundas e pelo grande centro e vi seus prédios modernos e seu feeling de cidade americana, mas também não me bateu. Fui até onde as pessoas esquiam no inverno e vi pessoas curtindo o "verão" (e eu quase colocando o casaco), contemplando uma vida inteira… Voltei a pé disso tudo e tentei entender toda essa informação passada.
Na volta, bem onde foi o início do passeio, rolava um festival de cerveja artesanal. Peguei 2 (CAD9 CADA UMA, não me animou em ficar e gastar um salário no primeiro dia) – uma Pale Ale “orgânica” e outra estilo Ale belga de 9,5% que se perdeu no álcool e sabor… Até na cerveja artesanal Toronto parece perdida…
Toronto (e uma das mulheres do busão explicou que se fala "TORONO" e quando você fala o 2o "T" é porque você é Turista) é uma cidade antiga, com muita história, mas que se modernizou em tudo. O exemplo que dei para a Dna Lúcia foi: Eles tinham a maior destilaria do mundo – produzia sei lá quantos litros de whisky, e hoje é uma VILA COMERCIAL com boas lojas, restaurantes e blábláblá… Ou seja, nada de whisky. Tem igreja que queimou 3x e foi reconstruída e que se divide com enormes prédios comerciais – e a história da igreja dura 10 segundos na explicação da menina do turismo… Ou seja, PUFF pra história.
Toronto tem muito GAY. Muito. Sério. Esse ano, sei lá quando, vai ter um estilo de parada gay MUNDIAL aqui… Ou seja………………………………..
Enfim… Essa é Toronto. Pouco para falar, mas o suficiente para as 13 horas conhecidas e que, no final do dia de hoje, já tinha me falado: "OK. Podemos ir para a outra"…
Próxima parada: Quebec. Mas antes disso, uma viagenzinha de 9 horas de trem até lá…