A viagem até Punta foi providencial. Não por termos pego algum agito, mas apenas para conhecer (e ter noção) do que vem a ser um luxo totalmente deserto. A cidade é morta. Mas morta de uma maneira que chega a ser estranho e incomodar. De verdade. Ruas desertas, pouquíssimas pessoas na rua e prédios e mais prédios gigantescamente enormes que ficam estranhos no cenário todo. As garagens estão vazias e os prédios estão ali meio que esperando todo um agito e uma lotação que duvidamos muito que exista.
Claro que estamos falando de uma quarta-feira perdida, no meio de setembro. Mas Serra Negra é MUITO mais cheia na 4a feira do que Punta del Este. Sério. Aqui tudo fecha. Restaurante fecha. Tanto para almoço quanto para jantar. Lojas fecham (de artesanato e lembranças uma loja com inúmeras opções mal feitas) e para você – turista perdido na cidade – ter alguma opção nela, é quase um: FODA-SE SEU POBRE. Ficamos reféns da La Pasiva (um pseudo Mc Donalds com opções mais uruguaias) e do Il Mondo della Pizza… (Sim!).
Mas não. Não foi um dia perdido. A cidade é lindassa e realmente eu fico pensando que valeria a pena ter um – apenas UM – daqueles milhões de apartamentos desertos e fazer um retiro espiritual nas suas paisagens e na sua calmaria e infinita beleza. As paisagens são lindas. Qualquer foto fica bonita. Não tem como estragar isso. Os preços são altos (fomos assaltados no pub da cidade – o único bar aberto de Punta) e o glamour todo está em cada esquina e cada carro importado que passa por você do nada. A cidade é foda. Mas a realidade é que somos turistas pobres, hospedados em um albergue e contando os pesos para ver se eles chegam até o fim da viagem hahahahaha.
Enfim… Montevidéu – Punta | Punta- Montevidéu em menos de 24 horas foi tranquilo. O ônibus é bom (tem wi fi liberado e potente), mas demora horrores (quase 130 km em 2h30 – ele vai quase parando). O cansaço impera um pouco, por conta do horário curto para o barco e a correria já começa a fazer parte do roteiro. Depois de Buenos Aires, que temos 3 dias completos para curtir, todos os outros locais pedem uma correria, mas a gente consegue programar e aguentar. Ainda faltam 13 dias, 2 países e 4 cidades – Com neve no meio. Vai ser complicado… E vamo que vamo.
No Buquebus – Roubando um wi fi qualquer e vendo o Rio da Prata balançando aqui de dentro.
A foto de vocês na praia com a mão na areia definitivamente foi o marco de Punta!