Montevidéu–Comer, Andar e Comer…

E o #AgoraTaValendo para as férias 2013 foi dado no domingo de tarde. Montevidéu começou fria. BEM fria. Um vento absurdamente congelante deu as boas-vindas logo depois de cruzar as portas do aeroporto. Ah… Uma dica mais ou menos valiosa: Existe no aeroporto o "Taxi Aeropuerto" que faz o serviço de taxi oficial. Ele possui preços fechados para os bairros da cidade, mas também tem a opção de fazer uma "van coletiva". Por um preço bem mais tranquilo (na verdade acima de 3 pessoas já vale a pena), a van te leva até o seu destino diretamente. Claro que foi este o jeito que chegamos até o centro.

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A primeira impressão é a que fica? Montevidéu é morta. Domingo nada abre no centro. Nem lanchonetes e restaurantes abrem direito. Fomos achar uma pizzaria meio boqueta umas 6 quadras do hotel e acabamos por ir até a fonte dos cadeados (que encontramos sem querer) para a primeira refeição do Uruguai: Um chivito! Bastante popular em toda cidade, o chivito é um sanduíche bem recheado e que possuí diversos recheios e trejeitos. Como fomos a uma lanchonete chamada "El Chivito de Oro", o Chivito experimentado vinha com batata e era um sanduíche “normal” (nem grande e nem pequeno). Ainda vou comer um gigantesco – que vem tipo 1 kg de comida. Bom! Sinceramente falando, a culinária aqui é de respeito.

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A primeira noite, seguindo a vibe de andar e aproveitar dos poucos – e quase inexistentes, locais abertos, acabamos bebendo em 4 bares e conhecendo um pouco dos costumes e itens do cardápio uruguaio. Sem maiores surpresas. Sim, os preços são melhores.

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Na segunda-feira, a pedida foi andar e andar e andar. Nosso hotel fica bem próximo da Plaza Independencia e isso facilita todo o deslocamento, pois a porta da "ciudad vieja" começa ali e seus principais pontos turísticos e históricos ficam na região. Andamos, passamos um frio absurdo (daqueles de doer a mão e você perder realmente a sensação) e andamos ainda mais. Os locais são bonitos e a rambla da orla (que muda umas 50 vezes de nome) é bem interessante. O passeio matinal tinha um endereço certo: O mercado! Conhecido local para comer um autêntico churrasco uruguaio, com a grelha na sua frente ali e todo o cheiro (que está na roupa até hoje) batendo no seu nariz. Foi um parto achar e entender o caminho informado pelas pessoas (é estranho, mas isso é papo para o fim do post), mas conseguimos chegar ao Mercado del Puerto. Só de entrar o cheiro do churrasco te domina e aí trocentos garçons vêm apresentar o restaurante e eles juram de pé junto que é o melhor do mercado. Você vai escolher um entre os 14 existentes pelo feeling, pois todos tem um preço bem semelhante e com estilos bem parecidos. O prato ali pode ser maior, mas é um pouco mais caro. O outro é um pouco menor, mas o acompanhamento é melhor. O outro tem o melhor preço e por aí vai… O fato é: A CARNE É FODA! FODASTICAMENTE FODA. Simples assim… Peça qualquer coisa que não tem arrependimento.

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A tarde foi mais caminhada e fotos na volta do Mercadão e um sono providencial para tentar digerir todas as comidas hahahahahahaha…

No outro dia partimos para o outro lado de Montevidéu e para um percurso de quase 5km até o estádio Centenário. No caminho mais praças e pontos históricos. O Centenário possui uma visita para você visitar o estádio e ficar livre na arquibancada de 60 mil lugares e também pode visitar o museu do futebol. Uma boa visita que retrata a história da Celeste desde o surgimento do esporte no país – Passando pelas conquistas olímpicas e dos mundiais, com seu imenso destaque do mundial de 1950 no Brasil (Nota: A foto do Maracanã lotado no dia da final é absurdamente linda). Outros itens que foram doados ou de outros esportes – que tiveram destaque no país também estão lá (Boxe, ciclismo, atletismo, etc.)… Bem bacana. Por R$13 (pagos em dinheiro apenas) você faz tudo isso. É uma grana "simbólica" até, mas que vale a pena.

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Ainda deu tempo de conhecer uns parques (que ficam bem em frente ao estádio), o Velódromo (abandonado – mas OK) e até um shopping center na cidade hehehehe… Montevidéu está dando Adeus na viagem, amanhã partimos para Punta del Este e começamos a saga de correr para dar tempo de tudo.

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Os primeiros dias em Montevidéu deixaram 4 impressões: 1) Montevidéu até que é bonita e imponente. O seu centro tem coisas bem interessantes e a cidade – mesmo sendo pouco sinalizada – tem seus pontos a serem explorados e curtidos. Vale a visita. 2) As pessoas seguem a temperatura da cidade. 80% das que conhecemos têm seus humores totalmente frios e fechados. Claro que restaurantes com maior apelo turístico têm sua mudança "normal". Mas na maioria, é uma galera bem inverno. Inclusive em restaurantes normais, a galera vai te tratar quase sem olhar na sua cara. 3) Come-se bem! Simples e direto. Os pratos e porções são grandes e o preço varia, mas em geral é mais barato do que o Brasil, sem falar que o tamanho compensa, outras vezes não é tão barato, mas a quantidade comida vai compensar. Exemplo: Em um bar – 2 sangrias (1 litro cada), refrigerante, cafés com chocolate e afins e uma porção de fritas com 4 queijos – BEM servida – saiu por R$72 (R$18 por pessoa!). Um almoço no mercado – local TOTAL turístico – com 4 pratos de carne (grandes) com 4 acompanhamentos + 2 garrafas de vinhos + sobremesa = R$80 por pessoa. 4) Por mais que eu só tenha ficado e conhecido o centro e a cidade velha, Montevidéu não me bateu para "Vem morar aqui". Longe disso. Até voltaria para outro passeio talvez – mesmo achando que a cidade já está explorada, mas não para morar. Mas isso não quer dizer que a cidade seja ruim.

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