O segundo dia do WROS FEST começou mais cedo e BEM mais cheio. A movimentação de pessoas era bem mais numerosa do que no sábado e até a idade média do público era maior (se no sábado beirava seus 20 anos… No domingo subiu para os “quase 30”).
Sem maiores complicações, 15h30 o Garage Fuzz sobe ao palco e faz um show redondo (redundância no Garage Fuzz) e com os sucessos de sempre. Mostraram duas músicas presentes no EP recém-lançado e o resto das que todo mundo conhece e admira. Garage Fuzz mostra, mais de uma vez, que está em forma e ainda tem muita qualidade para queimar. Vida longa, GF!
A próxima banda a subir ao WROS foi A Wilhelm Scream e o peso do dia já começou a se formar. Porrada forte e com uma banda impressionantemente redonda. Não havia visto nada deles e a qualidade técnica dos integrantes é sensacional. Até porque, ter uma banda que toca 2 hands como se fosse vírgula e sem ser “demais”, prova que tem uma qualidade absurda. Com certeza conquistou os desavisados e brindaram aos fãs com um show coeso e completamente perfeito.
O line-up prometia Glassjaw, mas as informações que o furacão Sandy destruiu a casa dos integrantes fez a produção colocar o Streetlight Manifesto novamente no domingo. Se eles fizeram o show do dia no sábado, no domingo a ressaca (cansaço ou algo além) bateu forte e o show foi morno e totalmente sem sal. A explosão (até do público) não compareceu no domingo e, apesar da banda ser bem boa, ficou provado que sem aquele tesão e alegria em tocar, fica BEM complicado de levar um show. Uma pena…
Mas, quem tem Anti-Flag sabe que nada está perdido. Abriram já com FUCK POLICE BRUTALITY e a roda e a insanidade começaram a se formar. No meio, a roda Punk que estava tão perfeita no dia anterior, já mostrou que ali não tinha nada de punk e a violência (e ignorância, por que não?!) tomou conta e infelizmente regredimos a cada ano neste quesito… Uma pena. O Anti-Flag viu a inflamação do público e prometeu que sábado havia sido normal e domingo que seria algo que iríamos nos lembrar. Promessa é dívida (e das caras!). Os gritos foram maiores, a entrega de banda e público também e mesmo sem o volume estar perfeito como sábado, o Anti-Flag urrou o máximo que pode e levou sua mensagem. Com o final visto no ano anterior, com o baterista tocando no meio da galera (cena da noite!), o Anti-Flag fez seu apocalipse e deixou a galera com um pouco da noção do que é lutar por um mundo melhor… Domingo vai ficar para a memória sim!
Novamente os shows “especiais” iam começar e Pennywise subiu ao palco. 140% das pessoas ali estavam aguardando o show e a volta de Lindberg aos vocais (e eu que até já tinha me acostumado com o Zoli ali…). A banda pôs peso, volume e “destruição” no Espaço das Américas totalmente lotado e aguardando cada acorde e letra… Insano poderia ser uma palavra, mas foi algo a mais sem definição. “Ignorando” o último CD a banda fez um show de “best of” para o Brasil e brindou todos os “quase 30” (ou mais) com os sons que se fizeram presentes na vida de cada um… O que todo mundo queria e o que todo mundo esperava. Show foda e ponto! O fim? A galera cantando até na rua o “oooooo” de Bro Hymm… Simples e já conhecido.
A estrada me chamava e uma semana insana no trabalho também… Me despedi com os “ooooo” e fiz meu caminho de volta para casa. Resultado? Alguns R$ gastos, costas novamente travadas (até agora), cansaço, mas aquele sabor de que o WROS Fest premiou o público com shows sensacionais, com uma produção boa, um local sensacional para comportar o público, uma qualidade de som excelente (mesmo baixa no domingo) e que o modelo se copie e perpetue pelo país para mais shows e mais alegria e insanidade das pessoas. O Rock precisa, o Brasil precisa e as “pobres” pessoas precisam cada vez mais disso… Valeu WROS! Nos vemos em 2013… Eu volto fácil!
WROS Fest – Dia 2
Que tal compartilhar esse post? 😉
O Pennywise tem 10 discos, sendo que 95% das músicas foram dos cinco primeiros discos. Talvez “Fuck Authority” seja a única mais “recente”. Show deles é sempre assim… apenas as músicas clássicas ou como dizem “old school”.