WROS FEST – Dia 1

Teve início ontem no Espaço das Américas o WROS FEST 2012. Festival da WebRockers que montou um line up BEM respeitável e brindou todos os tipos de gostos para dois dias de muita coisa boa de se ver/ouvir.
Finalmente parece que o Brasil toma gosto por festivais e suas “regras gerais” com horário. TODOS os shows cumpridos como mandava o anúncio oficial (atrasos de no máximo 3 minutos!) e todo mundo tendo aquela noção de quando uma banda acaba e vai começar a outra. Ajudando assim a movimentação da galera pelo local (para tomar uma cerveja, descansar e voltar ao lugar escolhido próximo da atração começar). Logo, não deve ter ficado claro para a galera da fila que enrolava bastante por coisas tontas e muitos (como eu) acabaram perdendo o show do Dead Fish. Na verdade eu peguei as 3 últimas músicas e estava claro que o público não esperava tamanha pontualidade. O “gigante” Espaço das Américas ainda era um enorme vazio quando entrei e o Dead Fish teve sua meia hora para abrir este dia. Pelas 3 músicas escutadas, foi poderoso (sem bem que o baterista tava um tanto “destruidor” demais hahahaha).  Não foi ainda desta vez que vi um show dos caras, mas um dia eu vejo.
Sem quase nada de demora o Strike Anywhere sobe ao palco, com um público mais cheio e, como de costume, conseguiu explodir aos poucos todo mundo. A presença de palco do vocalista assusta. Ele corre, pula, grita, corre de novo, pula, te convida a pular e protestar alto a canção inteira… Ainda acho que eles funcionam melhor em lugares pequenos (a turnê anterior deles foi um dos shows insanos do ano de 2008 que vi em Santos), mas souberam bem dosar o palco grande e tudo mais. Daqueles shows que precisam ser vistos e curtidos.
Depois vem uma das bandas que mais ouvi comentários na fila. Streetlight Manifesto. Confesso que ainda não tinha visto um show deles (apesar deles já terem vindo algumas vezes para cá) e realmente vale BEM a pena. Show da noite disparado. Sem iteração com o público (se ele agradeceu duas vezes foi muito). O Streetlight subiu, tocou, dançou e incendiou o público, que gritava todas as músicas (mesmo a velocidade delas serem algo absurdo). Foi a primeira banda que a galera pediu BIS, que até teve uma movimentação para tal acontecimento, mas o tempo curto não permitiu. Acertou a produção. Mas, como disse antes, foi o show da noite.
Depois subiu Anti-Flag, um dos principais motivos para eu estar ali, e como era esperado, a porrada foi forte. O início se repetiu e The Press Corpse veio rápida e MUITO mais pesada que no CD e daí para frente o jogo já estava ganho. Protestos, gritos e os tão queridos discursos pró humanidade estavam presentes e fizeram do Espaço das Américas um verdadeiro “início de mundo melhor”. Vejo uma força surreal nessa banda e lá no meio encontrei mais uma galera que aparentemente também achava. O show foi mais curto que o outro (obviamente), faltaram músicas épicas, mas como eles disseram “Até amanhã São Paulo. Estaremos por aqui!” – E nós também!
Com o fim deste show entramos na parte de “show especiais”, com um tempo de show um pouco maior e os dois destaques do line up iriam surgir. Pela primeira vez no Brasil o Alkaline Trio fez muita gente comprar o ingresso para curtir (ta aí uma das minhas outras razões para ir ao WROS). Já fui muito mais fã de Alkaline e confesso que escuto bem menos do que deveria e acho que passou da idade até. A maioria curtindo o show estava na idade que eu escutava direto (uns 5 anos ou mais atrás). Logo, as músicas já não batem como deveriam e é estranho ver um “estiloso” Skiba cantando como se fosse novidade. O show foi bom, o poder deles três ao  vivo é respeitável e o peso da apresentação estava ali. Confesso que ia esperando algo mais dark e “intimista”, mas o que vi em 1h10 de show foi um show “claro”, pesado e redondo. Com diversos “São Paulo” inseridos nas músicas (o que é legal nas primeiras vezes, mas irrita depois), Skiba conseguia interagir com um público que “pouco” o entendia quando falava alguma coisa. Mas mesmo assim mostrou uma cara do Alkaline que eu não fazia ideia que existia… Boa. Valeu a pena e quem sabe um dia role assistir de novo? Ah sim! Radio fechou o show para delírio até da galera que já não aguentava mais…
Para fechar a noite a banda mais aguardada por 75% das pessoas no Espaço das Américas. Rise Against. Mesmo apenas um ano depois da apresentação deles em SP, o público parecia precisar de mais (e muito mais). Gritos eram poucos nas primeiras músicas, eles se tornavam urros e foi até bacana ver o “mar” de gente acompanhando a banda e todas as músicas como hinos / preces / juras-de-melhoras. Até onde eu vi, um show redondo, forte e completamente poderoso.
Minhas costas travaram, o caminho para casa era longo e o cansaço imperava totalmente. Deixei o Rise Against com 40 minutos de show e voltamos para Santos. Com as costas doendo, as pernas pedindo liberdade, a fome crescendo e tentando adivinhar qual foi o melhor show da noite. Hoje tem o 2º dia, hoje tem mais porradas e mais shows memoráveis. Em 5 horas começa e eu vou estar lá, com as costas gritando e minha velhice pedindo clemência… Só mais hoje!
 

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2 thoughts on “WROS FEST – Dia 1”

  1. Incrível que pela primeira vez na vida tenho que concordar com tudo com o que foi escrito por você sobre o primeiro dia do festival… Strike Anywhere funciona em lugares menores, Streetlight Manifesto foi uma boa surpresa, Alkaline Trio soou estranho e graças a Deus faço parte dos 25% que não aguardava pelo Rise Against.

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