Uma hora ou outra isso ia bater. Talvez por ter comprado dois cupons de promoção para revelar 200 fotos e ter de escolher um pedaço das 3 viagens… Ou talvez foi por uma real necessidade de férias, junto com uma semana conturbada e complexa no trabalho e cansativa demais para se recuperar durante as – poucas – horas livres. Sei que fudeu de uma maneira surreal e a vontade era de explodir as poucas dinamites que restam e ver tudo ir para os ares. Sério!

Essas horas as palavras falham, o saco cheio domina e você começa a tomar gosto por aqueles planos de isolamento e confinamento que já flertou tantas vezes… Junte isso com uma vontade enorme de uma cerveja belga. Da perfeição de uma Westvleteren 12 ou até mesmo uma Duvel na vendinha da esquina, para te acompanhar por um passeio qualquer. De um olhar infinito para o Mediterrâneo. Um mergulho no tão perfeito Adriático. Ouvir uma canção nova do mar. Uma caminhada pela orla de Barcelona e se perder – nos cheiros e no tato, pelo bairro gótico. Tentar decifrar um idioma esquisito. De rasgar um mapa de tanto usá-lo. Daquele esquema de tal rua não constar no teu mapa e você se sentir REALMENTE perdido. De tentar aquela foto. De comer mais. De beber mais. De encher a cara para caralho!

 

 

É… É tudo isso que preciso. Junto e multiplicado por mil.

E aí vem a vida me acordar: Olha para o teu lado e vê o que você tem agora… Só um punhado de fotos, uns quilos de lembrança e a certeza que tudo isso aí foi, um dia, bem real…