Shows 2012 – RVIVR

Como eu posso começar a explicar o show do RVIVR? Como eu posso tentar descrever o que rolou na quinta-feira à noite, na Serralheria em São Paulo? Como eu posso escrever sobre o (até agora) melhor show do ano? Sim, a tarefa era quase impossível, até porque tivemos um ótimo momento com Driving Music, mas RVIVR e suas músicas cruas e complexas, seus barulhos e sua força tomaram conta de tudo. A voz até hoje não existe e parece que nunca mais vai voltar a ser normal. Não depois de quinta, não depois de ter a certeza que eu preciso um pouco mais de RVIVR. Não depois de tudo o que rolou…

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O show foi no horário e totalmente redondo. O espaço da Serralheria é fantástico e te leva com certeza a crer que o mundo é melhor e a força revolucionária (se é que ela existe para sempre e de verdade) é boa e bacana. Este papo de revolução é para outra hora e só o que vale a pena agora é a RVIVR.

Só para ambientar, eu conheci RVIVR do nada, como contei nas músicas de 2011. Foi um vício doente mental, uma coisa bem retardada e verdadeira. Como o que li em uma entrevista deles "O que queremos é só fazer a música sobre o que nós sentimos e que parta do nosso coração." e pode parecer cliché, mas RVIVR me bate porque eu tenho certeza que saí do coração diretamente para o microfone, entra em meus ouvidos e vai para o coração com toda a sinceridade que isso possa simbolizar. SIM, parece cliché, mas não é! Como todo bom vício em bandas, eu tenho a mania imbecil de enumerar um TOP 3 das músicas que eu curto. Sempre eu jogo em um TOP "essencial", afinal se eu vou a um show e toca essas 3, já valeu a pena, sem sobra de dúvida. Enfim, meu TOP 3 do RVIVR é "Change on me", "Edge of Living" e "Seethin". Quem conhece RVIVR sabe que "Change on Me" fecha o álbum e quem abre é "Rain Down", que é só o início de tudo, mas com o refrão de "Change on Me". Eu sempre vaguei que o álbum foi muito bem montado e todas as músicas se conectam de alguma maneira…

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Enfim. As quarto primeiras músicas do show foram: "Rain Down", "Edge of Living", "Had Enough" e "Seethin". Só aí eles pararam para respirar e eu para ter a certeza que ainda estava vivo. Eu berrei e não só eu, a galera inteira berrou. Tinha hora que eu não ouvia a banda e sim a galera. Logo no início do show eu olhei a Érica e ela ficou assustada com a resposta do público. Parecia mais um cliché solitário, mas sinceramente falando… RVIVR era BEM aguardado pelo público. Estava na cara de cada um, na certeza que não importaria a música que tocasse, o público faria bonito… E fez! Teve tempo e espaço para se tocar todas as músicas necessárias, o cover de Elizabethan Collar, música inédita e afins… Foi redondo, foi forte e tudo mais. O "fim" foi orquestrado normalmente com "Change on Me" vindo avisar que era esta hora. Os mais de 6 minutos da música foram venerados por alguns e por mim a certeza que existem músicas que me levam para outro lugar (algo como When All the Things do Garage Fuzz ou J.A.R. com Green Day), um outro mundo abre e ali qualquer coisa é orquestrada pela música, pela melodia e pela letra (forte e na medida)… "Change on Me" faz isso comigo ouvindo sempre, mas no show foi a melhor. E tinha "terminado", mas quem disse que depois de gritar tanto a gente ia aceitar fácil. E a Erica então fala "Quem quiser pode ir embora, foi ótimo o show, mas nós vamos tocar mais 1… 2, vamos tocar duas!" e vem o BIS com força e umas porradas absurdas… "Tiny Murders" e uma versão doentia de "Cold in Your Bones", mas uma versão tão doentia que parecia um apocalipse perfeito… Ali, naquele final a certeza do melhor show do ano. A certeza que a porrada bateu fundo e que vai continuar batendo por muito tempo… A certeza simples que eu vou reencontrá-los novamente. Eu preciso disso!

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E se você não conhece RVIVR e acha que tudo falado acima é “pouco”, reveja seus conceitos… De verdade!

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