“Sumi” por um mês. Fiquei calado, pensativo, longe e tentando me achar nesta volta que não parece ter fim. Sim, está complicada e eu não sei explicar a razão. Sei que ainda preciso de férias e isso não é uma brincadeira.

Brincadeiras com os recursos tontos da máquina…

Nestas semanas, lembranças invadiram com força e aquela máxima de “lembro de coisas que nem imaginava ter esquecido”, aconteceram demais. Filtrei fotos, limpei os lixos, brinquei com as lembranças trazidas, revi os vídeos e cansei de contar as histórias da Europa. Cansei de tentar explicar o inexplicável, cansei de me entusiasmar com o verão europeu e digerir altas temperaturas e perfeitas paisagens.

Doce língua do inferno…

Dá vontade de voltar, de traçar novos roteiros com velhos destinos. Dá vontade de começar uma nova poupança para realizar uma nova parte de vida. Dá tristeza ver que precisava de umas fotos melhores, dá uma irritação enorme de não ter filmado tal coisa. Dá vontade de muita coisa, mas algumas são realmente impossíveis.

“Para levar ou comer aqui?” “SIM”

Essa Europa me trouxe mais coisas estranhas do que a anterior. Ela me trouxe um calor enorme, paisagens absurdas, risadas espontâneas e caminhos traçados na linda solidão do “ser apenas eu”. Ela me trouxe alguns questionamentos mais brandos, porém profundos, me fez enxergar algumas coisas diferentes e também sentir aquela falta dolorida de alguém. Ela me trouxe tudo isso e noites mal dormidas, horas de caminhada sem fim, me levou do 0m até os quase 2500m de altitude e me fez controlar tudo.

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Possível Refúgio I – Bem ali naquela “prainha”

Vi bandas que eu nem sonhava ver tão cedo. Não conheci o absurdo de festivais, mas os dois que fui, fizeram entender o espírito perfeito que rola neles. Não me importei com muita coisa e fiz o que me fez feliz. Enchi a cara, comi o que tive vontade e até experimentei coisas no escuro do “traz esse daqui ó”, sem saber do que se tratava.

Provável Refúgio II – Em qualquer lugar daí

Foram apenas 22 dias, R$8000 para o vento, mas ficou uma ponta de “precisava de mais”. Ficou uma ponta de “voltei cedo…” e tudo isso deveria ser menos pesado do que está. Tudo isso deveria ficar em um canto morto, que você falasse de brincadeira e sem nenhuma seriedade. Mas é forte o suficiente para eu carregar todo este peso. É tão forte que vai mudar meu caminho, mas não da forma radical como a outra me fez mudar.

E isso estava no banheiro!

A Europa 2011 acabou, a parte que ficou de mim lá em 2010 eu não achei e a parte que voltou comigo de lá agora, está um pouco tanto confusa e perdida. O tempo tem que me ajudar, simples assim.

 
”And I’ll drive you crazy… NO! NO!” “HAHAHAHAHAHA”

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