E cheguei na capital da Irlanda. No país da Guinness e de tantas outras coisas que eu curto, por exemplo o The Cranberries! hahahaha… Eu sempre tive uma queda pela Irlanda, algo como aconteceu com Amsterdam, uma coisa meio inexplicável, mas que existe e era forte o suficiente para criar todas as expectativas possíveis.
A parada seria correria, 2 dias e meio, com um show do Brit Floyd para ver (logo na primeira noite), conhecer “toda” a capital e ainda visitar Guinness e Old Jameson. Mas, mochilão que é mochilão, é correria e as pernas gritam, os joelhos estalam e o suor brota na cabeça, mesmo quando está frio.
Dublin foi exatamente assim. Ao chegar à cidade, a imigração foi complicada, várias perguntas, várias olhadinhas para o além e eu realmente não entendi tamanho questionamento. Depois, conversando com calma com as pessoas, vi que eles estão “dificultando” a entrada, por conta da crise e tudo mais. Como cheguei sem saber ideia do que fazer, perguntei a um “guardinha” do aeroporto, onde pegaria o ônibus para o centro. Não minha surpresa, ele disse, “Ah vem cá, eu te mostro!” e andou uns 5 minutos até o local que me apontou e falou que os dois que sairiam dali iriam para o centro. hahahahahaa
No ponto vejo duas meninas falando português e começa a conversa surreal. Uma está indo embora (já foi, na verdade) e a outra pretende ficar até setembro. Estão como au-pair e não estão felizes com a situação toda. Elas iriam para o centro, no mesmo ponto que eu deveria descer, e fomos conversando e divagando sobre os inúmeros problemas de morar fora e “quebrar a cara” (meio o caso delas).
No centro, fui pegar meu companheiro inseparável: O MAPA DA CIDADE. Para a minha grande (e extraordinária) surpresa, Dublin é MAL SINALIZADA PARA CARALHO! Simplesmente não tem placa, não tem nome de rua (em alguns casos, BEM mal conservado) e, obviamente, o mapa turístico, não tem todas as ruas, só “as principais” e que se foda! Como o show do Brit Floyd era logo na primeira noite, vi pelo mapa e falei “Ahh tranquilo chegar lá, são só 9 ruas depois da ponte…”. Nove ruas do meu mapa, na verdade foram 17 ruas, algumas quadras gigantes e quase 1h de caminhada. Mas tudo bem, estou de férias e não posso reclamar.
O show foi fantástico. A banda magistral, correta, experiente… Aquela sensação de música boa, simplesmente boa e perfeita. O local (Grand Canal Theater) é FE-NO-ME-NAL. A arquitetura, a estrutura, tudo… Tudo é bonito, tudo é perfeito. Engraçado ver um lugar desses e as coisas funcionando. Os pints 1EUR mais caro do que os pubs normais de centro, cardápio variado (de vários chás a champagne, de snacks a doces) e barato. Acessível e totalmente redondo. Cinco tipos de cervejas, todas o mesmo preço… É até piada, mas eu ficava olhando e comparando com os “Hall” da vida do Brasil… A vontade de chorar é enorme.
Voltando ao show, era o Greatest Hits do Pink Floyd. Então tudo estava ali: Time, Money, Pigs, High Hopes, Wish you Were Here, Another brick on the Wall e a fantástica Comfortably Numb para fechar mais de 2 horas e meia de clássicos… Perfeito.
Hoje, acordei cedo e me preparei para andar. Sim, andar e andar! Em 7 horas andei o que não andei no Mochilão todo. O resultado foi um cansaço absurdo e gostoso, por ter usado o tempo bem e me sentir destruído depois de comer… Vi tudo, Temple Bar, Banco da Irlanda, as igrejas, Museu de Arte Moderna, Catedral de St Patrick, alguns outros monumentos e ela, a GUINNESS! Lugar gigante e bonito, como deveria ser. Aquele orgulho absurdo, está em todos os lugares, todas as paredes e todas as propagandas e ações existentes. O tour é bacana e você “aprende” o jeito certo de tirar o pint de Guinness. As razões e “desrazões” de tudo… Enfim, Guinness!
Como hoje é segunda-feira, a região do hotel está vazia (e digamos que não é a melhor região do mundo) e o jeito foi tomar um pint rápido e descansar, pois amanhã tem mais coisas planejadas, entre elas Old Jameson, enfim… Este foi o meu 1 dia e meio de Irlanda! Falta 1 dia! =)
Concentração que a parada é séria…