Anti-Flag

Posso facilmente dizer que meu aniversário de 2011 foi especial. Um dia antes dele, recebi de presente, o último dos shows do meu Top5. Recebi Anti-Flag de presente. Forte, pesado e o protesto de união forte. De “sobremesa” teve ainda This is a Standoff. Banda canadense que “descobri” por conta do show e que fizeram MUITO bem o papel de abrir um grande show. Sem intimidação, com energia de sobra e até momentos engraçados. Jesus no baixo foi alvo de risadas absurdas…

Com o Gordo e o SIG, fechamos mais uma empreitada e com certeza uma das mais especiais. Mas falando apenas do show, o Anti-Flag chutou o pau da barraca e fez o Carioca Club (cheio, mas bem menos que no Millencolin) pular, cantar e suar com as músicas. Afinal de contas, abrir com “The Press Corpse” não é pra qualquer banda. Foi um inferno na terra nas rodas que tiveram.

Doces (e infelizes) tentativas da galera fazer um Circle Pin, com “burros brasileiros” querendo estragar e não sabendo o que faziam ali… Pessoas que achavam legal dar voadoras e outras sem cantar ou entender NADA do que o Anti-Flag prega em seus shows. Este foi o ponto negativo da noite e um dos pontos que mais vejo acontecer hoje em dia, na nossa “cena underground”.

Por tristeza, em “911 For Peace” uma invasão, sem limites, ocorreu no palco. Novamente sem a galera conseguir cantar a música, poucos ali conheciam Anti-Flag e pregavam sua mensagem em suas vidas. Outras apenas para aparecer, foram e ocuparam o palco em uma das músicas que, por mensagem, é das mais fortes do grupo. A música não teve seu final… Simples assim.

Mas no palco o Anti-Flag fazia que não importava não ter roda, algumas pessoas não entenderem o que eles falavam (O Chris #2 lançou “Se o seu amigo não sabe inglês, por favor, traduza para ele, para ele entender a nossa luta! Faça a sua parte!”), pois sua mensagem não é de ódio e sim de união para lutar por nosso mundo. Lutar contra mentiras governamentais e lutar por um mundo melhor, sem barreiras e com respeito…

Todas as músicas óbvias e outras nem tanto apareceram. Turncoat, One Trillion Dollars, 911 For Peace, I’d tell you but, This is the End, Mind the G.A.T.T., Die For Your Government e Rank’n’File

Parece cliché? É melódico? É “bobinho”? O Anti-Flag tira isso fora e mostra que suas músicas tão ali para levar sua mensagem. A galera entoa refrões de canções antigas. Todas atendidas. A galera berra e aplaude uma banda que só não está mais a vontade no Brasil, por não ter condições. E alguma dúvida disso? No final do show, a bateria é desmontada e o batera vai lá pra galera, monta e destrói a última música, que começou lenta e terminou no normal… Pelo menos ocorreu sem muita baderna, eu estava de longe e não vi, mas deveria ter um isolamento de segurança, pois caso contrário haveria ali um desastre.

Depois de horas de música, de lavagem de alma, de hinos cantados e de sing along atrás de porradas protestantes… O Anti-Flag fechou minha vida, me deu de presente de aniversário e me deu a certeza que será um show que ficará na minha memória. Rank’n’file foi escolhida para fechar essa noite memorável, especial para mim e com a certeza que a emoção foi forte ao partilhar desta primeira vinda do Anti-Flag para o Brasil. Espero, e tenho certeza que todos ali também, que tenhamos outras vindas, em pouco tempo…

A única que faltou, por seu refrão forte, foi uma das mais lembradas por mim no dia seguinte… “The people, united, will never be defeated”

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