Street Bulldogs…

É complicadíssimo escrever algo sobre o show de sábado que o Wladimyr Cruz não tenha falado aqui. Sinceramente que ele transcreveu o sentimento que tive ao ouvir os primeiros acordes, ao ver o Sonrisal na porta e até ele “se achar” na foto da minha camiseta… Láááá de 2000.

Falar do show é falar de nostalgia sim. Lembrar do primeiro show que vi do Street Bulldogs, em 99, no Bar do 3. Mas ainda mais forte do que os shows (que foram caóticos, sempre…) é lembrar, e compreender, como disse o Wladimyr, porque tudo isso faz sentido na sua vida. Falar que tocaram as músicas X, Y, Z é menosprezar a razão da música X bater dentro de você da maneira que bate. É tentar compreender as imagens que a música Y te traz na mente. É “se matar” pois o refrão da música Z te transporta para um mundo paralelo que te faz melhor… Enfim, Street Bulldogs, para mim e para muitos que estavam sábado lá, É tudo isso que as palavras não conseguem completar, é toda essa abstração que faz um “único” show de reunião ser tão aguardado, é algo que quem não conhece não compreende, mas quem viveu, sabe exatamente do que estou falando.

Tentarei falar do show… As músicas foram executadas perfeitamente (mesmo com uma parte da galera atrapalhando em certo ponto). As básicas, as que sempre iriam estar, sem surpresas e com agressividade e energia. Se o DVD não capturar, os berros carregados de sotaques (visto que tinha gente do Brasil todo) que cantavam música após música, merece uma atenção especial. Se a cara do Léo estava de poucos amigos, sobrou na “porrada” que eles nos deram nos minutos que correram do show. Mais forte que o show que eles fizeram em 2008, mais forte que o show que vi deles com o Ignite em Santos, mais forte que o registro ao vivo. Sim, eles estavam ali e Sonrisal, Koala, Sammy e Guilherme sabem levar a porrada tranquilamente aos nossos ouvidos. Se o show de 2008 foi uma “confraternização” com direito a participações, o de sábado foi aquele “Nós 5 contra o mundo!” e eles se saíram bem. Totalmente vitoriosos. Se faltou Adolf ou Blind (uma das minhas preferidas do Street), ver a sincronia de banda / telão foi espetacular. Confesso que fui reparar nessa iteração no segundo bloco e fiquei mais para trás para admirar tamanha obra. E foi isso. Simples, direto, forte, sentido e vivido. Foi ROCK e sempre deveria ser assim.

Sei que falei pouco do show, mas o evento de sábado foi maior que um simples show com músicas além. O evento de sábado foi aquela certeza que uma banda vive para sempre. Que a música é perpétua na vida das pessoas e serviu para enxergamos o quanto “órfãos” estamos… O show de sábado serviu para brindar aquela cerveja perdida na certeza de que o rock guia minha vida… O show de sábado fechou meu ano com a certeza que o caminho é esse… E, com shows para sempre ou não, sei com quem posso contar para construir o nosso caminho.

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