Crazy London…

A primeira (e espero que última) enroscada da viagem aconteceu… Mas, como manda o ditado “Se cair, sacode, levanta e vá em frente!”. Saímos de Paris em uma greve de metros e trens RETARDADA. Uma coisa surreal que parou as principais linhas e o resultado foi a gente pegar o trem com mochilas gigantes, sacolas, mochilões, em um trem mais lotado que a Sé. Mas, deu certo… Fizemos o check in, passamos pela imigração… Uma entrevistinha básica, perguntas blé e blé… Piadinhas com humor britânico logo ali e prontos… Estamos prontos.

O Eurostar é zilhões vezes infinitas vezes melhor que a Ryanair… O trem perfeito, confortável e totalmente rápido. Chegamos em 2h30 em Londres e continuou ali a BELEZA da vida… A greve de Paris, por algum caso qualquer chegou em Londres e só uma, das sei-lá-quantas, linha de trem estava funcionando. O Renan não atendia o celular, a gente sem libras e sem entender lhufas do telefone daqui… Recorri a Louise (VALEU LOU!) que nos auxiliou até onde ela não podia e resolvemos (por força maior) ficar por ali mesmo, em um hotel ou hostel qualquer… E eis que, depois de preces e promessas feitas, aparece o que no TELEFONE AO LADO?!?!?! Óbvio que brasileiras… Que estavam em um albergue há 2 quadras dali… Kido foi olhar, voltou eternamente feliz e o preço foi convidativo (17 libras por pessoa). Fechamos! Além de conseguir um teto, conseguimos uma companhia em Londres e por um preço que pagaríamos para ir e vir do Renan (que mora em um distrito fora de Londres).

Tinhamos 48 horas de Londres e gastamos 3 horas tentando falar com o Renan, falando com a Louise e resolvendo essa tortura… Malas no albergue (que por sinal era completamente bom), fechamos um (por força maior) programa tipicamente londrino… UM PUB!

Finalmente, depois de 26 anos, depois de ver inúmeras fotos, depois de ouvir inúmeras histórias, eu cheguei a ele… As chopeiras (que eu não sei o nome) decorando o balcão, o cheiro, a decoração… Respirei fundo e ali eu vi que Londres, por alguns minutos, seria o lugar da minha vida… Óbvio que abrimos com Guinness… E, quase chorei, ao ouvir, quando estava no meio do copo, The Cure no som do pub…

O pub fechou e fomos para um outro que ficava até as 2horas da manhã aberto… Lá, mais cervejas (dessa vez London Pride, Stella e Carling) e mais The Cure, Led Zeppelin, Oasis e eu consegui me enxergar, de boca aberta, contemplando uma parede qualquer e viajando que, se eu chegasse um dia stressado do trabalho aquilo ali, na sua mais imbecil simplicidade, seria a cura de qualquer problema.

O dia seguinte tinhamos que curtí-lo do início ao fim… Pegamos o metro (dessa vez com as linhas funcionando e poucas linhas paradas ainda) e fomos para o Big Ben e dali fizemos o roteiro a pé pelo Thames… Big Ben, Parlamento, passando pelos teatros, museus, shakespare, chegando até a Tower Bridge, voltando pela Tower of London até St Pauls Cathedral… Um passeio de alguns kilometros, muitas risadas e até chuva no final. De noite a Raquel (Alessandra e Raquel foram as brasileiras que “nos salvaram”) tinha uma balada escrita no guia dela que era grátis até às 22h… Eis que fomos porque somos pobres e falidos em Londres. O que era para ser uma balada, se mostrou um Bar do Zé londrino! Era um porão que rolaria 2 bandas de indie e no som músicas que passeavam pelo estilo musical… Eu sorri, eu, sem querer NADA, estava em um “punk rock arena” londrino. Ali, eu tive a certeza que a vida conspira horas para vc sentir-se bem. Nenhuma pretensão de conhecer algo e conhece… Enfim, foram uns 40 mins (porque ninguém curtia o estilo) ali dentro e depois finalizamos a noite no pub. Antes disso, fomos na London Eye e como somos brasileiros, fizemos a alegria do vagão com uma família (de uns 8) italiana. Fizemos dança do siri, o “Ah moleque” e rimos absurdamente. Italianada tirou foto com a gente (a mulehrada agarrou os caras, os pais italianos as 2 meninas)… Foi muito engraçado e valeu os 18 pounds pagos (a vista é FE-NO-ME-NAL).

Dia seguinte, fomos ao Madame Tussauds, o museu que vale cada centímetro. Nossas duas cameras acabaram as baterias (minha e do Tiago) e tivemos que recorrer a máquina da Alessandra e Raquel. Resultado, não tenho quase fotos de lá… Mas um dia eu terei!

Vimos o museu do Sherlock Holmes e acabamos indo para Picadilly e Hyde Park. O Hyde foi a porrada de “Matheus, vc vai ter que voltar quando tiver o festival…” foi a porrada mais forte de Londres (mais do que o pub!), lugar maravilhoso e perfeito.

Continuo depois o final de Londres e a chegada a Bruxelas. Prometo colocar as fotos depois.

Estamos vivos e estamos agora indo jantar em Bruxelas. A noite, temos baladinha! =)

Que tal compartilhar esse post? 😉

1 thoughts on “Crazy London…”

Deixe uma resposta