Emprego na Europa – Realidade, a busca e processo

Talvez seja o principal assunto a ser tratado nessa série. Arrumar emprego na Europa é o “sonho” de grande parte das pessoas. Algumas coisas podem frustrar seus planos, sonhos e ilusões… Então prepare-se, pois lá vem textão.

REALIDADE

O primeiro ponto a se pensar é que SIM, existe MUITA gente na Europa. Muita gente tentando, como você, emprego e disposta a TUDO. E, logicamente, com a crise vivida pela Europa, muitos empregos e investimentos congelaram ou sumiram, mostrando um número enorme de desempregados – proporcionalmente tão grande quanto o Brasil. Mas afinal, tem emprego?

A resposta é “talvez”. Emprego tem, mas é difícil arrumar. Esqueça a historinha bela da agente de intercâmbio que te “garantiu” que “todos os alunos que ela vendeu o curso estão trabalhando”. Eu talvez te prove que isso é mentira… E parta do princípio que arrumar um emprego será tão (ou mais) difícil que no Brasil.

E por que eu digo isso? Imagine que você não tenha inglês e não conheça muito bem as palavras do português de Portugal… Daí você vai tentar um emprego em um café em Lisboa, perto da praça do Rossio. Na “fila de entrevista” tem um indiano e você, mas ele fala inglês e já trabalhou 2 anos em outro café em Braga. Quem pega a vaga?

O inglês fica primordial quando você vai tentar um emprego em Dublin. Pode ser que você não use muito e seu “chefe” até entenda que você tem um inglês básico, mas pelo menos na entrevista você precisa entender o que ele fala e responder as (poucas?) perguntas feitas.

Como falei no início da série: Hoje existem irlandeses trabalhando em bar, portugueses trabalhando em cafés na maioria de todos os empregos comuns (ou sub-empregos, como dizem por aí). O que resta para os brasileiros? De maneira geral limpeza (faxina ou cozinha) na Irlanda e construção em Portugal. Existem pessoas que conseguem coisas melhor sim, outras conseguem “progredir” depois de passar um tempo “lavando banheiro”.

O fato é: Entenda que o “aceito qualquer coisa” pode ser BASTANTE complicado para você.

A BUSCA

Dependendo do tipo de emprego que você está procurando, pode ser mais vantajoso começar a busca do Brasil e ir evoluindo no processo aos poucos até a sua mudança definitiva. Isso também vai fazer você se “acostumar” com o processo em si e com algumas expressões ou informações utilizadas mais propriamente para a sua área. Outro ponto MUITO importante aqui é: Tenha LinkedIn! Se você já tem atualize-o da melhor maneira possível e comece a busca por lá (traduza ele para o inglês) entrando em grupos e atualizando os tipos de pesquisa para apontar para o País escolhido e as vagas desejadas.

Alguns sites para te ajudar na busca:

IRLANDA

http://www.jobs.ie

http://ie.indeed.com

http://www.monster.ie (Mais voltado para TI)

PORTUGAL

http://www.net-empregos.com/

http://emprego.sapo.pt/

http://www.indeed.pt

http://www.itjobs.pt (Mais voltado para TI)

http://www.empregosaude.pt/ (Mais voltado para a área de saúde, enfermagem, etc.)

PROCESSO

Existem diferenças “grandes” de País para País no que diz respeito ao processo em si para ser contratado. Claro que falo mais dos empregos “de carreira”, pois os comuns é mais a entrevista, alguma questão de qualificação e o “quando você pode começar?”. A diferença gritante é no que diz respeito às entrevistas para as empresas mesmo…

Em Portugal um processo leva meses, enquanto na Irlanda a situação toda se resolve em semanas. Por experiência própria, eu participei de um processo em Lisboa em maio. Fiz a entrevista inicial, uma prova e uma entrevista com o “gerente responsável”. No final de junho tive a entrevista com o cliente. 3 dias depois me mandaram o “aceite” e DUAS SEMANAS depois, já em julho, eu recebi a proposta oficial de trabalho. Ou seja, quase 2 meses para um processo de “4 fases”.

Em comparação, o meu emprego de Dublin durou 18 dias entre a primeira entrevista (que eu fiz de Portugal) e a assinatura do contrato (também em Portugal) – e foram 4 fases diferentes.

Ou seja, é necessário calma e tranquilidade dependendo do País desejado. Por isso que comento que pode ser um bom início buscar os empregos a partir do Brasil e ver como que os processos vão desenvolvendo.

COVER LETTER

Ah, de uma maneira geral na Europa, você vai precisar do seu currículo (o modelo é basicamente o nosso), porém vai precisar de uma “Cover Letter” para se apresentar. Geralmente a Cover Letter será a sua apresentação profissional resumida, enquanto o currículo será a sua trajetória detalhada. É importante fazer uma Cover Letter “padrão”, mas sempre atualizar com questões relativas à vaga ou ao cliente/empresa. A linguagem é mais tranquila e objetiva, pois será o recrutador que vai acabar lendo (ou seja, não alguém muito técnico). SEMPRE envie a Cover Letter, por mais opcional que seja, muitos recrutadores simplesmente ignoram os currículos sem a devida apresentação.

E outra informação importante… Mesmo para vagas em Portugal, você pode enviar seu currículo em inglês. É bom que a Cover Letter seja na língua “natal”, mas o CV pode ser inglês, ok?

Link Apoio: https://widoox.com.br/em-ingles/cover-letter-vaga-no-exterior/

O salário é no próximo post…

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