Brian Fallon – O Midas em Dublin

Tenho um problema sério com Brian Fallon. Na verdade, eu e muita gente… Além de tudo o que fez no Gaslight Anthem (e que se tornou uma das grandes bandas atuais), tudo o que ele botou a mão ficou bom. The Horrible Crowes teve um CD apenas, mas coisas lindíssimas criadas (Behold the Hurricane e Ladykiller são dois pontos altíssimos para se considerar). Terminado (ou como a modernidade fala "em hiato) o Gaslight, Brian continuou seu trabalho solo e lançou Painkillers em 2016, com uma enxurrada de elogios e, nesse ano, lança o Sleepwalkers e veio para a Europa com a tour de lançamento desse novo CD.

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Minha expectativa foi alta porque, pelo setlist dos outros shows, Brian visitou todas as músicas feitas e achava espaço para um pouco de tudo. Gaslight, Horrible Crowes e os dois CD’s solos são a base de um show bom e coerente que é acompanhado por covers em todos os momentos. Ladykiller e Sugar foram as escolhidas do Horrible Crowes, enquanto Red Lights e Smoke foram as lembranças do Molly and The Zombies (mas também estão no seu 1o CD).

Ele inicia com uma versão calma e tranquila de Sleepwalkers, mas põe o mundo para cima com Wonderful Life. Forget me Not e If your prayers… São as que provam que o CD novo foi (muito) bem recebido pelo público e ele acertou em disponibilizar as melhores músicas antes. O show tem pontos altos diferentes, porque cada música do Brian toca uma pessoa de forma diferente. Watson e Smoke foram das mais berradas pela galera próxima de mim. Enquanto eu saí do corpo com a sequência de Neptune, Rosemary, My Name is the Night e Red Lights. 17 músicas (e algumas histórias e piadas) depois a banda deixa o palco, finalizando a primeira parte.

Ladykiller

Brian volta sozinho menos de 1 minuto depois. Senta ao teclado e começa a perfeição do show. Uma versão de "The ’59 Sound" que foi aplaudida por mais de 1 minuto pelo público presente. Me arrependo de não ter gravado toda música, porque ali foi quando o teatro era uma só voz. Com um hino e um motivo para cantar. Ali a música se mostrou viva e não teve como segurar a emoção no refrão final.

The ‘59 Sound (Piano version)

See You On The Other Side veio na sequência para finalizar com o cover de "I still haven’t found what I’m looking for" do U2. Foi pouco menos de 2h de show que valeu pelas diversas etapas e passagens feitas. Brian (ou Midas) segue sabendo que tem talento para levar a plateia e se segura, firme e sem perigo, no que já escreveu e criou. Feliz é o público que canta, dança e se segura como pode com tamanhas criações. O carequinha aqui saiu acabado, mas feliz por tudo vivido.

E em julho, o Midas retorna para a tour comemorativa do Gaslight Anthem… Vamos lá né?

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